No Cariri, a ciclovia vai interligar Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, atendendo uma antiga reivindicação dos ciclistas da região por mais segurança. (Foto: André Costa)
Tendência mundial e amplamente difundida nos países europeus, as ciclovias começam a ganhar cada vez mais espaço no Brasil. No Interior do Ceará, a realidade é a mesma. A mudança de vida e a busca por práticas mais saudáveis impulsionaram a necessidade de criação de espaços exclusivos para os ciclistas. Recentemente, o governo do Estado inaugurou, em Limoeiro do Norte, a Avenida do Contorno, projeto que contempla uma ciclovia com extensão de 8,7Km, a primeira do Vale do Jaguaribe.
Apesar deste equipamento, muitas regiões cearenses ainda carecem de um espaço que disponha de segurança ao praticante. Na região Jaguaribana, onde as bicicletas têm voltado a circular com maior frequência, o desafio é encontrar espaços para a sua prática, segundo conta a vendedora Valéria Cristine Santiago, moradora da cidade de Russas.
"É importante para a segurança do ciclista a implantação das ciclovias em nossa cidade. O fato de não existir nega o direito de escolha de quem opta pela bicicleta com meio de transporte e de lazer, colocando sempre o ciclista na defensiva nesse trânsito onde só se respeita o maior, ou seja, o carro", ressalta.
Diante dessa dificuldade, ela relata que os ciclistas, tanto os esportivos quanto os de lazer, estão se arriscando nas rodovias. Em Russas eles ocupam os acostamentos da BR-116 e da CE-356, onde não há ciclofaixas. "Eles acabam pedalando em locais não apropriados e tendo que enfrentar o perigo do trânsito pesado nas rodovias. Isso é um constante transtorno", lamenta.
Na cidade de Quixeramobim, no Sertão Central, foi iniciada a implantação de uma ciclofaixa. A obra deve permitir maior segurança aos usuários e o investimento já começa a atrair a atenção de usuários. Com uma extensão total de 6Km, o equipamento é construído ao longo do trecho da CE-060 que passa por dentro do perímetro urbano do Município.
Até o momento, apenas um quilômetro foi construído. Segundo o agente inspetor da Autarquia Municipal de Trânsito de local (AMTQ), Willame Ferreira, a dificuldade em concluir a obra se deve ao atual momento de crise pela qual passam as prefeituras do País com cortes de gastos. "Não dispomos de muitos recursos e temos dificuldades na aquisição de materiais. Mas acredito que logo isso seja resolvido", disse o agente.
Ao longo do próximo semestre, a ciclofaixa, que começou a ser feita em maio deste ano, deve estar concluída. Como ainda está em fase inicial, a obra representa um espaço pequeno em meio ao trânsito intenso de carros do Centro. Mesmo assim, Willame explica que a aceitação do público é considerada positiva. "Com a chegada dessa iniciativa, andar de bicicleta é uma atividade que cresceu muito, tanto para lazer, atividade esportiva como para se deslocar para o trabalho", relata.
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