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| Foto Ismael Soares |
Mais da metade das pessoas em favelas e comunidades urbanas do Ceará mora em trechos de vias sem nenhuma árvore. Enquanto a baixa arborização atinge 56% dos moradores desses locais, essa realidade afeta cerca de 31% da população que vive fora desses territórios no Estado.
O indicador, revelado pelo Censo Demográfico 2022, sinaliza as desigualdades estruturais na ocupação urbana.
No levantamento censitário, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) investigou as características urbanísticas do entorno dos domicílios especificamente nas favelas e comunidades urbanas. Sobre a arborização, foi contabilizada a quantidade de árvores de pelo menos 1,70 metro nas vias públicas, fora de domicílios e condomínios.
Em relação às vias com arborização, o IBGE criou três grupos:
Trechos de via com 1 a 2 árvores;
Trechos de via com 3 a 4 árvores;
Trechos de via com 5 árvores ou mais.
Dentro e fora das comunidades urbanas, a dinâmica que se percebe na distribuição das pessoas que vivem nesses grupos é oposta. Enquanto a maior parte dos moradores das favelas do Ceará mora em vias com até duas árvores, fora delas a maior parcela da população está em trechos com pelo menos cinco árvores.
Com informações do Diário do Nordeste.
