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Foto Nícolas Paulino |
As chuvas dentro da média entre fevereiro e maio no Ceará não banharam todos os territórios igualmente: cerca de 60% do Estado tiveram precipitações abaixo da normal histórica, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
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O balanço da quadra foi divulgado na manhã desta quarta-feira (4), na sede da Secretaria dos Recursos Hídricos do Ceará (SRH), e confirmou o cenário já adiantado pelo Diário do Nordeste: mesmo com chuvas 15% abaixo da média para o período, o acumulado de fevereiro a maio ficou dentro do esperado.
De acordo com Eduardo Sávio, presidente da Funceme, as áreas mais próximas ao litoral cearense tiveram precipitações acima da média. Caucaia, aliás, foi o município onde mais choveu nos quatro meses analisados, mais de 60% acima da média. Fortaleza aparece em segundo lugar.
Além do litoral, “a região mais próxima ao Orós, o que foi responsável pela sangria do açude”, também teve precipitações positivas. “Mas o restante do Estado, em torno de 60%, é de áreas que ficaram na categoria abaixo da média”, complementa Eduardo.
O presidente explica que a variabilidade é natural da região, e reforça que, por esse motivo, é importante “ter um sistema de recursos hídricos ativo e atento às possíveis crises que podem ocorrer num ano com essa variabilidade espaço-temporal das chuvas”.
Esse cenário de diferenças geográficas de distribuição das precipitações ao longo dos anos, bem como a previsibilidade delas, preocupa ainda mais diante das mudanças climáticas em curso – não apenas no Ceará, mas no mundo –, exigindo maior monitoramento.
“Essa é outra preocupação do sistema de meteorologia do Estado: que esses eventos mais críticos, tanto de máxima quanto de mínima, no caso de secas, vão ficar mais frequentes e mais severos. Precisamos estar sempre investindo em inovação, para estarmos atentos a isso”, destaca Eduardo Sávio.
Com informações do Diário do Nordeste