sexta-feira, 26 de junho de 2020

Bolsonaro chega ao ceará para inaugurar transposição do Rio São Francisco em Penaforte

Jair Bolsonaro visita o Ceará como presidente da República, pela primeira vez, nesta sexta-feira (26), e participa da inauguração da transposição do Rio São Francisco no Estado, no município de Penaforte - onde serão abertas as comportas, cidade vizinha a Jati, onde fica o reservatório (a cerca de 550 km de Fortaleza). Antes, o presidente sobrevoou trechos da Ferrovia Transnordestina no Ceará.

A primeira parada oficial da comitiva acontece no distrito de Milagres, em Salgueiro (PE), onde é acionado o sistema de liberação do fluxo das águas. Em seguida, Bolsonaro segue até Penaforte, por terra, onde aguardará a chegada das águas.

Em Juazeiro do Norte, o presidente foi recebido pelo líder da bancada federal, deputado Domingos Neto (PSD), no aeroporto.

Além do presidente, também estão presentes o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho; a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, também está na comitiva.

O governador do Estado, Camilo Santana (PT), não participará do evento. Nas redes sociais, ele afirmou visitará a região somente após a pandemia do novo coronavírus.

Entre os parlamentares do estado, estão também o deputado federal Dr. Jaziel (PL) e os deputados estaduais André Fernandes (PSL) e Delegado Cavalcante (PSL).

Obra histórica

Oficialmente, são 12 anos de espera. Contudo, a ideia do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) como forma de solucionar a escassez hídrica causada pela seca acompanha governos desde, pelo menos, o Segundo Império – ainda no século XIX.

Nesta sexta-feira (26), as águas do Velho Chico chegam ao Ceará, mais precisamente na barragem de Jati, na região do Cariri. Obra iniciada no governo do PT, em 2007, e que também passou por um governo do MDB, é na gestão do presidente Jair Bolsonaro que o trecho que conduz os recursos hídricos ao território cearense será inaugurado.

Inicialmente, eram cinco anos previstos para a construção de 477 quilômetros em obras, reunidas em dois grandes canais – Eixo Norte e Eixo Leste – para abastecer açudes e rios intermitentes (que desaparecem nos períodos de seca) não só no Ceará, mas nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. No entanto, já são sete anos de atraso marcados por disputas políticas.

Com informações do Diário do Nordeste.