quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Voluntários confeccionam tapete para procissão do Senhor do Bonfim em Icó

Foto de Gustavo Veras
Um grupo de voluntários começou na manhã desta quarta-feira, 1º, o trabalho de confecção do tapete com pó de serragem na Rua Ilídio Sampaio, no Centro histórico de Icó, onde se concentra o maior número de casarões coloniais e por onde no fim da tarde vai passar a tradicional procissão com o carro-andor conduzindo a imagem do Senhor do Bonfim (Jesus Crucificado).

O serviço começou por volta das 8 horas e se estende até as 16 horas. Geraldo Monteiro, aposentado, 65 anos, há quase meio século ajuda na confecção do tradicional tapete do Senhor do Bonfim. “Faço isso há 46 anos, sou devoto, e trabalho com alegria”, contou. 

Moradores da rua Larga, onde é confeccionado o tapete, ajudam com distribuição de água e lanche para quem está no serviço de confecção do tapete. “A gente faz a nossa parte, dá alimentação, é um trabalho cansativo, e tem de ser feito somente no dia”, disse Francisca Costa.

Na confecção do tapete são usados pó de serragem, pó de café, sal e acal. Os operários usam moldes para os desenhos de símbolos católicos – cruz, rosto de Jesus Cristo, cruz, hóstia, coração e frases.

A tradicional procissão com a condução do carro-andor com a imagem original do Senhor do Bonfim (Jesus Crucificado) começa às 17 horas, em frente ao santuário Senhor do Bonfim. Deve reunir cerca de 20 mil devotos. Percorre as principais ruas do centro histórico, com uma parada no arco que fica em frete à Prefeitura de Icó, como recomenda a tradição, por volta de 18 horas.

Ao mesmo tempo em que a imagem é recolocada no interior do santuário, começa a queima de milhares de bombas (rojões) que são colocadas sobre o chão e em varas de madeira no Largo do Théberge. Serão usados neste ano 45 quilos de pólvora e cerca de 300 metros explosivos. 

Bonfim Gonçalves, 61 anos de idade, leva o nome do santo, e ajuda na confecção das bombas. Segue a tradição da família. “Aprendi com meu pai”, lembrou. “A gente trabalha porque gosta e espero que não chova na hora da queima das bombas”.

Com informações do Diário do Nordeste.