O PT vai defender em seu 6º congresso, que começa nesta quinta-feira, 1º de junho, boicote do partido a eventual eleição indireta, caso deputados e senadores tenham de escolher um substituto para o presidente Michel Temer. Mas, nos bastidores, há articulações em curso sobre esse cenário. Interlocutores do PT e do PCdoB tentam promover um encontro entre o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que quer uma conversa com ele para pedir apoio.
"Eu não fui procurado", disse Lula na quarta-feira, ao chegar para reunião com representantes das correntes do PT, na sede do partido, em Brasília. Com aval do chamado "baixo clero", Maia é atualmente o candidato favorito para a sucessão de Temer, caso o presidente seja deposto.
Bênção
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que Maia tenta obter a bênção de Lula para a negociação de um acordo suprapartidário em que o ex-ministro Aldo Rebelo, hoje no PCdoB, seria seu vice. Uma ala do PSB pretende levar Rebelo para o partido. Se Temer cair, Maia assume a Presidência por 30 dias. A Constituição determina que, nesse caso, seja convocada uma eleição indireta no Congresso.
Lula pediu a um interlocutor, nos últimos dias, que sondasse o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim sobre o que ele achava de ser candidato em uma eleição indireta. As conversas sobre esse cenário, porém, não prosperaram. Para o ex-presidente, Maia tem grande chance de chegar ao Planalto, se for candidato.
Sem lançamento
Na véspera da abertura do 6º Congresso do PT, Lula cobrou unidade das tendências para evitar uma "lavagem de roupa suja" em público e desautorizou o lançamento de sua candidatura ao Planalto agora. O partido prega eleições diretas para presidente da República e vai insistir nessa bandeira, na tentativa de se reaproximar da sociedade após ser envolvido em escândalos de corrupção.
O encontro petista irá até sábado e também contará com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff.
Crise
Com 600 delegados, o 6º Congresso do PT será realizado em meio à maior crise do partido, que completou 37 anos em fevereiro. À procura de um discurso, o PT promete atualizar o seu programa e vai eleger nova direção, mas Lula acha que lançar o seu nome agora ao Planalto constrangeria outros aliados adeptos da campanha por diretas já. Além disso, seus advogados avaliam que não é conveniente "provocar" antecipadamente o Judiciário.
Réu em cinco processos, sendo três no âmbito da Operação Lava Jato, o ex-presidente pode ser impedido de concorrer ao Planalto em 2018, se for condenado em segunda instância pela Justiça. É justamente por isso, no entanto, que muitos petistas acreditam que o encontro do PT é a melhor época para tentar empurrar sua candidatura, denunciar o "golpe" continuado e ir para o enfrentamento.
"Eu não fui procurado", disse Lula na quarta-feira, ao chegar para reunião com representantes das correntes do PT, na sede do partido, em Brasília. Com aval do chamado "baixo clero", Maia é atualmente o candidato favorito para a sucessão de Temer, caso o presidente seja deposto.
Bênção
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que Maia tenta obter a bênção de Lula para a negociação de um acordo suprapartidário em que o ex-ministro Aldo Rebelo, hoje no PCdoB, seria seu vice. Uma ala do PSB pretende levar Rebelo para o partido. Se Temer cair, Maia assume a Presidência por 30 dias. A Constituição determina que, nesse caso, seja convocada uma eleição indireta no Congresso.
Lula pediu a um interlocutor, nos últimos dias, que sondasse o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim sobre o que ele achava de ser candidato em uma eleição indireta. As conversas sobre esse cenário, porém, não prosperaram. Para o ex-presidente, Maia tem grande chance de chegar ao Planalto, se for candidato.
Sem lançamento
Na véspera da abertura do 6º Congresso do PT, Lula cobrou unidade das tendências para evitar uma "lavagem de roupa suja" em público e desautorizou o lançamento de sua candidatura ao Planalto agora. O partido prega eleições diretas para presidente da República e vai insistir nessa bandeira, na tentativa de se reaproximar da sociedade após ser envolvido em escândalos de corrupção.
O encontro petista irá até sábado e também contará com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff.
Crise
Com 600 delegados, o 6º Congresso do PT será realizado em meio à maior crise do partido, que completou 37 anos em fevereiro. À procura de um discurso, o PT promete atualizar o seu programa e vai eleger nova direção, mas Lula acha que lançar o seu nome agora ao Planalto constrangeria outros aliados adeptos da campanha por diretas já. Além disso, seus advogados avaliam que não é conveniente "provocar" antecipadamente o Judiciário.
Réu em cinco processos, sendo três no âmbito da Operação Lava Jato, o ex-presidente pode ser impedido de concorrer ao Planalto em 2018, se for condenado em segunda instância pela Justiça. É justamente por isso, no entanto, que muitos petistas acreditam que o encontro do PT é a melhor época para tentar empurrar sua candidatura, denunciar o "golpe" continuado e ir para o enfrentamento.
Fonte Diário do Nordeste
