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| Foto: Isanelle Nascimento/ Diário do Nordeste |
Pelo menos 16 municípios do Ceará terão seu setor do agronegócio fortemente impactado com a entrada em vigor da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.
O levantamento é do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e leva em consideração três categorias. São elas: pescados; cera de carnaúba; e água de coco, castanha, mel e melão.
Ao todo, essas cidades somaram pouco mais de US$ 64,7 milhões em exportações, este ano, desses seis itens. O valor equivale a aproximadamente R$ 350 milhões, conforme a cotação da última quinta-feira (7).
Fortaleza é o município mais impactado em questão de valores, totalizando US$ 17 milhões exportados no primeiro semestre deste ano. A cidade engloba três categorias. No pescado, é a primeira, com quase US$ 9 milhões de produtos exportados para os EUA.
Na categoria água de coco, castanha, mel e melão, está em terceiro lugar em um ranking que apresenta os 10 municípios mais impactados com o tarifaço de Donald Trump, com cerca de US$ 6 milhões. Já na cera de carnaúba, é a quarta de cinco cidades que mandam esse produto para o país norte-americano.
Conforme o professor Francisco José Tabosa, do Departamento de Economia Agrícola da Universidade Federal do Ceará (UFC), diferente dos outros municípios em que há a produção dos itens, Fortaleza é diretamente impactada por ter as indústrias de beneficiamento instaladas em seu território.
"A taxação tem um impacto no município de origem do produto, mas também na empresa de beneficiamento. É daí que vai para exportar. O coco, por exemplo, inegavelmente, a produção é da região de Paraipaba. Mas vai ter indústria de beneficiamento em Fortaleza, em Itapipoca. Então, as medidas afetam a cadeia toda", explica.
Com informações do Diário do Nordeste.
