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Foto Fabiane de Paula |
O retrato da população cearense diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi registrado oficialmente e divulgado pela primeira vez, nessa última quarta-feira (23), em dados do Censo Demográfico do IBGE de 2022. Das 126,5 mil pessoas com TEA no Estado, 12,4 mil têm 60 anos ou mais de idade.
Se de um lado mais da metade dos cearenses com TEA são crianças e adolescentes, do outro os idosos representam quase 10% da população diagnosticada com o transtorno no Estado. O Ceará é, aliás, o 2º do Nordeste e 7º do Brasil com maior quantidade de pessoas 60+ autistas.
Conforme a faixa etária avança, o número reduz. O Censo mostra que 6,4 mil idosos com idade entre 60 e 69 anos afirmaram ter diagnóstico médico de TEA. O quantitativo cai para 3,9 mil entre os de 70 a 79 anos, e reduz para 1,6 mil autistas de 80 a 89 anos. Além deles, 384 moradores na faixa de 90 a 99 anos declararam ser autistas.
Um dado que se destaca, contudo, é o número de centenários cearenses com autismo: 34 declararam ao Censo que têm o diagnóstico. O IBGE reforça que os dados são da pesquisa amostral, que não chegou a toda à população brasileira – sendo, portanto, uma estimativa.
Em documento de divulgação dos dados, o instituto destacou os desafios da inclusão de dados sobre pessoas com autismo no Censo Demográfico. “A avaliação do TEA é complexa, extensa e requer uma série de perguntas e análises conduzidas por profissionais qualificados”, o que não é possível no Censo, apontou.
Com informações do Diário do Nordeste.