quinta-feira, 1 de maio de 2025

Febre oropouche ultrapassa 500 casos confirmados no Ceará em 2025

Foto Divulgação/Sesa
As notificações de casos de febre oropouche continuam avançando no Ceará: até o dia 26 de abril, 506 pessoas já haviam sido infectadas pela arbovirose, entre elas três gestantes. Os dados são os mais recentes divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).

Transmitida pelo mosquito maruim, ou mosquito-pólvora, a arbovirose tem circulação restrita ao Maciço de Baturité, região serrana do Ceará. Um dos principais municípios da área, Guaramiranga notificou os dois primeiros casos da doença em 2025, na semana entre 20 e 26 de abril.

Por outro lado, oito a cada dez infecções pelo vírus oropouche (OROV) ocorreram entre moradores do município de Baturité, a cerca de 100 km de Fortaleza. A localidade já soma 403 casos. As demais estão distribuídas em Aratuba (91), Capistrano (7), Mulungu (3) e Guaramiranga (2).

O total de infecções pela febre entre janeiro e abril de 2025 já é superior ao registrado em todo o ano de 2024, quando 255 pessoas testaram positivo para oropouche, sendo a primeira em julho.

No documento de notificações divulgado na primeira quinzena de abril, a Sesa chegou a listar dois casos fora do Maciço: um em Fortaleza, outro em Maracanaú, na Região Metropolitana; e um terceiro em Quixadá, no Sertão Central.

Na ocasião, o secretário Executivo de Vigilância da Sesa, o epidemiologista Antonio Lima Neto, o dr. Tanta, explicou que os casos eram “importados”, ou seja, registrados em pacientes de Fortaleza que estiveram em Baturité e contraíram a doença lá.

Na divulgação mais recente, os casos nas cidades fora do Maciço aparecem zerados.

O avanço da doença de forma mais acelerada do que no ano passado se devem à migração do vírus para áreas que, anteriormente, não haviam sido afetadas – como a zona urbana de Baturité –, conforme explicou o secretário de Vigilância.

Durante o início do surto no Maciço, em 2024, a Sesa detectou que os locais de proliferação e reprodução do mosquito maruim (ou mosquito-pólvora), transmissor da febre oropouche, envolvem matéria orgânica disponível, sendo mais comum em áreas de plantio de banana e chuchu, por exemplo.

Com informações do Diário do Nordeste.