sábado, 7 de dezembro de 2024

Ceará tem 28 cidades em situação de emergência por estiagem ou seca, incluindo Acopiara

Foto Alex Pimentel
Neste início de dezembro, o Ceará tem 28 cidades com reconhecimentos federais de situação de emergência vigentes. Ao todo, são 24 municípios em estiagem, enquanto outros quatro enfrentam a seca. Os dados são do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

No início da última semana, a portaria n.º 4.025, de segunda-feira (2), Jaguaretama, Parambu e Tauá passaram a integrar a listagem de municípios com reconhecimentos vigentes.

Em seis cidades — Solonópole, Caucaia, Aiuaba, Independência, Madalena e Salitre —, a vigência do decreto termina ainda em 2024. Nas demais, a data de encerramento ocorre entre janeiro e maio.

A Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade) define os fenômenos da seguinte maneira:

Estiagem: Período prolongado de baixa ou nenhuma pluviosidade, em que a perda de umidade do solo é superior à sua reposição;

Seca: É uma estiagem prolongada, durante o período de tempo suficiente para que a falta de precipitação provoque grave desequilíbrio hidrológico.

Confira os municípios em situação de emergência no Ceará:

Seca

Acopiara (até 13/01/2025)
Arneiroz (até 14/04/2025)
Campos Sales (até 23/03/2025)
Jaguaretama (até 18/05/2025)

Estiagem

Aiuaba (até 14/12/2024)
Araripe (até 05/02/2025)
Boa Viagem (até 10/02/2025)
Caridade (até 11/02/2025)
Catunda (até 19/04/2025)
Caucaia (até 11/12/2024)
Deputado Irapuan Pinheiro (até 01/02/2025)
Independência (até 17/12/2024)
Irauçuba (até 19/03/2025)
Itapajé (até 15/01/2025)
Itatira (até 19/01/2025)
Jaguaribara (até 12/01/2025)
Madalena (até 17/12/2024)
Meruoca (até 09/03/2025)
Milhã (até 22/02/2025)
Parambu (até 03/05/2025)
Paramoti (até 11/02/2025)
Pedra Branca (até 25/01/2025)
Potiretama (até 06/01/2025)
Quixadá (até 09/03/2025)
Quixeramobim (até 08/01/2025)
Salitre (até 18/12/2024)
Solonópole (até 10/12/2024)
Tauá (até 19/05/2025)

Com o reconhecimento pelo governo federal, as prefeituras estão aptas a solicitar recursos da União para ações de proteção e defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros.

OPERAÇÃO CARRO-PIPA

Uma vez que o Ceará tem localidades onde o recurso hídrico não chega, como alguns distritos na zona rural, o tenente-coronel Haroldo Gondim, coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil do Estado, explica que algumas cidades precisam solicitar o reconhecimento da situação de emergência de forma recorrente. Esse procedimento possibilita o acesso, por exemplo, a carros-pipas.

“Já é uma rotina desses municípios, porque a solução de água ainda não chegou, seja por poço, seja por adutora. (…) Mesmo com a execução das obras hídricas, muitas vezes não chega até essas localidades. São essas comunidades que são afetadas, não tem solução no médio e curto prazo e acaba que a solução é carro-pipa”, afirma.

Com informações do Diário do Nordeste.