domingo, 10 de novembro de 2024

Livro sobre evasão escolar criado por alunos no interior do Ceará integra Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos

Foto Arquivo pessoal
Já pensou em viajar do interior do Ceará a Washington, capital dos Estados Unidos da América? Foi esse o percurso feito por um livro feito na Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Professora Lídia Carneiro de Barros, em Amontada (a 175 km de Fortaleza), até chegar na Library of Congress (Biblioteca do Congresso americano). 

O livro, intitulado “A importância de estudar e os fatores que podem levar ao abandono escolar”, foi feito por uma turma de 35 alunos de ensino médio, com supervisão do professor de história, Raphael Cloux.

Após a publicação, a obra foi enviada ao gabinete pessoal de Lula, presidente do Brasil, e também à sede da Biblioteca do Congresso, através da editora responsável pela publicação, Kawo-Kabiyesile. O livro foi publicado por um financiamento articulado pelo próprio professor com a editora, sem receber repasses públicos.

“O projeto foi lindo, todo mundo ajudou. A gente fez pesquisa e pôde ver que, hoje em dia, são vários fatores que realmente levam ao abandono escolar. As pessoas desistem de estudar por conta de vários fatores”, declarou uma das alunas-autoras, Samia Gonçalves.

O livro foi publicado no fim de 2023, feito pela turma de formandos da escola, que começou a produção quando ainda estavam no 1º ano do ensino médio. Em 2024, a obra foi enviada à Biblioteca do Congresso.

O professor Raphael Cloux, que coordenou o projeto, disse que a ideia do livro surgiu após perceber a realidade em que a escola e os alunos estavam inseridos. A unidade escolar fica na zona rural de Amontada, onde a maioria dos alunos são filhos de agricultores.

“Eu fui conhecendo bastante a realidade dos alunos e vendo muita dificuldade no processo da escrita. Eu assumi como diretor de turma dessa turma e eu fiquei pensando em algumas estratégias que eu poderia bolar para estimular a escrita desses meninos que futuramente iriam fazer o Enem”, explicou o professor.

Com informações do G1 Ceará.