Foto Fco Fontenele |
Em setembro deste ano, o Ceará apresentou 68,2% do seu território com seca fraca (S0), o que sinaliza uma melhora em relação ao mesmo período do ano passado, quando o Estado chegou a ter 82,3% de sua extensão com esse tipo de seca. As informações estão presentes no mapa mais recente do Monitor de Secas do Brasil, elaborado no dia 15 de outubro.
Em setembro de 2023, apenas uma faixa próxima ao litoral do Ceará não apresentou seca relativa. Em outubro daquele mesmo ano, houve piora nos indicadores e a seca fraca avançou para o norte do Estado. A situação no oeste passou de fraca para moderada.
A seca relativa é a seção de menor intensidade do Monitor de Secas do projeto da Agência Nacional das Águas (ANA) com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Em janeiro deste ano, o Ceará apresentou 100% do seu território com algum tipo de seca, sendo 52,79% fraca e 47,21% moderada. O melhor resultado foi registrado em junho deste ano, quando o Estado teve 99,3% do seu território sem seca relativa e um percentual de 0.7% do território com seca fraca.
Os municípios do Sertão cearense são os mais afetados, com a falta de chuvas impactando diretamente na disponibilidade de água para consumo humano e atividades agrícolas.
“Esse impacto de seca a curto prazo está muito associado às consequências da falta de chuva. Em setembro é natural que a precipitação seja menor, ocasionando, muitas vezes, a perda da safra”, explica o pesquisador em meteorologia da Funceme, Francisco Vasconcelos.
O Estado apresentou 68,2% da sua área comprometida pela seca leve, o que significa uma melhora ante 82,33% registrado no mesmo período do ano passado.
Contudo, o monitor aponta que, devido à piora dos últimos meses, houve avanço da seca fraca em grande parte do Estado. A ressalva destacada pela ferramenta ocorre porque, de agosto para setembro, o percentual do território com seca fraca saltou de 12,5% para 68,2%, o que representa um aumento de aproximadamente 55,7%.
Com informações do O Povo.