Foto Reprodução/TV Cidade Fortaleza |
Entre 2023 e 2024, o número de atropelamentos nas rodovias federais que cortam o Ceará registrou um aumento de 13%. Esse tipo de acidente continua a ser a principal causa de mortes nas estradas. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) faz um apelo para que motoristas e pedestres sigam as medidas de segurança, com ênfase especial na travessia das vias.
Mesmo com a presença de passarelas, a BR-116, uma das mais movimentadas e perigosas do país, enfrenta frequentes acidentes envolvendo pedestres. “Tem acontecido constantemente nesse trecho aqui da BR-116, na altura do quilômetro 3. Algumas pessoas se sentem inseguras para atravessar essa passarela porque ela balança demais. Tem uma senhora que quase toda tarde pede ajuda para atravessar, pois tem medo de passar sozinha”, relata João Paulo Barros, morador local, que destaca a estrutura precária da passarela.
O medo em relação às passarelas leva muitos a optarem por atravessar a pista, o que aumenta o risco de acidentes. “A gente às vezes vê as pessoas atravessando a passarela com medo, devido ao vento forte e ao balanço. Outros preferem atravessar pela pista, o que é mais perigoso”, observa Karine Gomes, transeunte local.
A BR-116, que conecta dez estados brasileiros, é notória por seu alto fluxo de veículos e extensão, o que a torna uma das rodovias mais mortais do Brasil. Dados recentes mostram que, de janeiro a agosto deste ano, ocorreram 66 atropelamentos na rodovia, resultando em 74 feridos e 23 mortes. Em comparação, no mesmo período do ano passado, foram registrados 57 atropelamentos, com 54 feridos e 16 mortos, indicando um aumento de 13% nos acidentes.
A falta de conscientização entre pedestres e motoristas é apontada como um dos principais fatores para o aumento desses acidentes. “Muitas vezes, insistimos com os condutores para que diminuam a velocidade e respeitem os limites. No entanto, o pedestre e o ciclista também têm uma parcela de responsabilidade. Quando todos, incluindo motoristas, pedestres e ciclistas, seguem as normas de trânsito, conseguimos reduzir esses índices de acidentes”, afirma Werisleiky Queiroz da PRF.
Com informações do Portal GC Mais.