segunda-feira, 1 de julho de 2024

Preço da energia fica mais caro em julho no Ceará

Foto Thiago Gadelha/SVM
A tarifa da conta de energia no Ceará terá um aumento a partir deste mês de julho. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a bandeira tarifária para o mês será amarela em razão de condições menos favoráveis para geração de energia no País.

Com a bandeira amarela:

A tarifa aumenta R$ 1,88 a cada 100 kilowatt-hora (kWh).

O consumo médio em uma casa brasileira na zona urbana é de aproximadamente 150 kWh a 200 kWh (sem ar-condicionado).

Em nota, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) explicou que os fatores que levaram à adoção da bandeira amarela são:

Previsão de chuvas abaixo da média no segundo semestre (cerca de 50% menos que o normal).

Previsão de temperaturas acima da média no inverno, o que levará ao acionamento de aparelhos para amenizar o ambiente.

"Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais", explicou a agência.

Esse é o valor aprovado pela Aneel em março deste ano, quando houve  redução de 37% do valor da bandeira amarela, caindo de R$2,989/KWh para R$1,885/KWh.

Portanto, segundo a Aneel, os fatores que acionaram a bandeira amarela foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), visto que atualmente não há despacho fora da ordem do mérito (GFOM) decidido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).

Com essa conjunção de fatores, o consumo de energia é estimado em ser maior, ao mesmo tempo, em que as hidrelétricas terão menos água. O governo precisará acionar as usinas termelétricas, que funcionam a partir da queima de combustível, que são mais caras que as hidrelétricas.

De acordo com a Aneel, o sistema de bandeiras — além da verde e da amarela, há a vermelha, mais cara — estimula o próprio consumidor a controlar sua tarifa, economizando energia e, assim, diminuindo a necessidade do sistema todo de acionar as termelétricas.

"Essa é a primeira alteração na bandeira desde abril de 2022. Ao todo, foram 26 meses com bandeira verde. Com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas", escreveu a agência.

Com informações do G1 Ceará.