Foto Samuel Setubal |
O Ceará terá um novo sistema de metas implementado na atuação das forças policiais, com foco na redução dos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs). Em junho, a média foi de dez homicídios por dia no território cearense. A metodologia para definição de porcentagens e ações para as metas ainda está sendo estudada, com previsão de conclusão até o fim deste ano. O modelo já esteve ativo no Estado em 2014.
Durante participação no programa Debates do Povo, da rádio O POVO CBN, o titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Roberto Sá, explicou que a proposta é, a partir das Áreas Integradas de Seguranças (AIS) nas quais o Estado é dividido, estabelecer metas para redução de indicadores criminais para um determinado período naquela região.
"A área de um Batalhão X, por exemplo... as delegacias daquela área terão de perseguir para alcançar a meta. Precisa ser uma meta desafiadora, mas não pode ser impossível", afirmou. Polícia Militar e Polícia Civil terão, essencialmente, metas para redução da criminalidade.
Para definir porcentagens e números a serem alcançados, segundo o secretário, já há um trabalho de inteligência sobre os dados criminais cearenses, com o protagonismo da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), responsável por monitorar as informações sobre a criminalidade. "Objetivo é premiar quem alcança essas metas, que podem ser finalistas, de resultado, como a redução de crimes. Outras são metas de processo, ou meta do meio, onde os indicadores seriam produtividade, como fazer mais laudos e vistorias, voltados para a Perícia Forense e os Bombeiros".
O sistema de metas, ainda de acordo com o secretário, vai atualizar e aperfeiçoar a tecnologia das AIS. "Cada região vai ter sua meta, policiais civis e militares vão se encontrar, podendo convidar atores locais", ressaltou.
O secretário falou ainda que, entre as iniciativas previstas para a pasta está a possível implementação da tecnologia de reconhecimento facial, destacando sua execução no estado da Bahia e o projeto piloto executado no Rio de Janeiro. Roberto Sá já foi titular da Segurança do estado fluminense. "Vamos avaliar a tecnologia, quanto é o custo para ver se conseguimos usar".
Com informações do O Povo