quarta-feira, 17 de abril de 2024

76 mulheres foram assassinadas no Ceará nos três primeiros meses de 2024

Foto Reprodução
Nos três primeiros meses de 2024, 76 mulheres foram assassinadas no Ceará, conforme os dados da Superintendência de Pesquisa e Estratégia (Supesp), disponibilizados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

O número representa um aumento de quase 17% em relação ao mesmo período de 2023, quando 65 mulheres foram mortas no Estado de janeiro a março.

Dos crimes de 2024, 70 foram homicídios dolosos e 6 ocorreram no contexto de feminicídios, crime de ódio baseado no gênero da vítima. O mês de janeiro foi o mais letal do período, com 30 mulheres mortas. Em seguida aparece março, com 27 vítimas, e fevereiro, com 19 assassinatos.

Trinta e três cidades cearenses registraram crimes que levaram às mortes de mulheres. As vítimas tinham entre 6 e 65 anos de idade.

A maioria dos homicídios ocorreu em Fortaleza, com 21 assassinatos de pessoas do sexo feminino no primeiro trimestre.

Em segundo lugar, aparece o município de Caucaia, na Região Metropolitana, com 14 mortes. Destas, quatro ocorreram no dia 17 de fevereiro, quando quatro mulheres foram mortas a tiros no mesmo local. Já no interior do Estado, Morada Nova registrou 3 casos.

Mês de abril segue violento

Assim como nos meses anteriores, abril segue violento para as mulheres. Somente nos primeiros 15 dias, pelo menos dez mulheres foram assassinadas, de acordo com o levantamento feito pelo g1. Seis dessas mortes ocorreram somente entre os dias 11 e 12.

Entre as vítimas, estão uma influenciadora e a amiga dela, ambas de 16 anos, que foram assassinadas a tiros no Bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza, horas após as jovens saírem de um salão de bronzeamento na região, onde foram para gravar vídeos de divulgação. Um dia após o crime, um adolescente de 15 anos foi apreendido por suspeita de participação no duplo homicídio.

Também em abril foi registrado caso de quatro jovens que estavam desaparecidas e foram encontradas mortas. Três vítimas, entre elas duas primas, sumiram da cidade de Tianguá. Dois adolescentes de 15 anos foram apreendidos por suspeita das três mortes.

Já a quarta vítima, de 17 anos, desapareceu da cidade de Itarema e o corpo dela foi encontrado em Acaraú.

Outra vítima do mês de abril foi a professora Verônica Pereira Cavalcante, de 39 anos, que teve a casa invadida e foi morta a tiros na frente da família no distrito de Oiticica, a cerca de 6 km de distância da sede da cidade de Parambu, no interior do Ceará. Até o momento, ninguém foi preso.

Com informações do G1 Ceará