Foto Thiago Gadelha |
A cada 10 bebês e crianças de até 4 anos, sete não iniciaram a vacinação contra a Covid no Ceará. A primeira dose do imunizante, a D1, deve ser aplicada aos 6 meses de vida, mas apenas 32% dos pequenos haviam tomado até 30 de novembro, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).
A cobertura vacinal cai ainda mais ao avançar nas doses: menos de 19% dos cearenses entre 6 meses e 4 anos chegaram até a 2ª aplicação, e somente 5,2% completaram o esquema vacinal com três doses.
O cenário mostra que o Ceará vivencia, hoje, o inverso do ideal: se, por um lado, a meta de vacinas fundamentais é de 95% de cobertura, o Estado amarga, na verdade, a ausência de 95% do público infantil entre os vacinados.
O retrato atual da imunização contra a Covid foi divulgado pela Sesa na última sexta-feira (1º), quando a Pasta anunciou o lançamento de uma campanha de vacinação em todo o Estado, iniciada nessa segunda (4).
Os bebês e crianças, são, hoje, uma das parcelas mais vulneráveis à doença causada pelo coronavírus, sobretudo diante da circulação da nova subvariante Eris, derivada da Ômicron e responsável pela alta recente de casos nas cidades cearenses.
Antonio Lima, secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, alerta que as crianças, que não foram a maior preocupação nas primeiras ondas da pandemia, estão agora no foco da atenção de autoridades de saúde.
“Temos casos relativamente mais graves, com complicações, entre crianças, sobretudo menores de 5 anos e sem vacina. Precisamos melhorar, pedir o apoio da sociedade. Isso é sobre o responsável, sobre combater a desinformação”, frisa.
Com informações do Diário do Nordeste