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O Ceará voltou a aumentar os índices de vacinação de quase todas as vacinas de rotina recomendadas para crianças de até um ano de idade. Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde são preliminares e correspondem ao período de janeiro a outubro de 2023, comparados com todo o ano de 2022, mas confirmam a maior adesão dos cearenses à imunização contra doenças que podem ser fatais.
O Estado obteve resultado superior em todas as oito vacinas recomendadas a menores de um ano de idade, incluindo poliomielite, febre amarela e rotavírus. Também registrou aumento em todas as recomendações no calendário infantil para crianças com um ano de idade; três delas tiveram incremento maior que 10 pontos percentuais.
Os destaques vão para a 2ª dose de tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), cujos índices saltaram de 66,3% para 81,6%; a poliomielite, que alcançou 88%, ou seja, 13% a mais que 2022; e da hepatite A, cujos números passaram de 79,5% para 90% neste ano.
Em comparação às outras unidades federativas, foi destaque como aquele que mais vacinou contra varicela (89,09%) e a segunda dose da tríplice viral (81,6%).
As únicas vacinas que não superaram o percentual do ano passado foram aquelas aplicadas ao nascer. A BCG registrou 85%, contra 116% de 2022; e a hepatite B acumulou 82,5%, embora 2022 tenha tido 107%. A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) atualiza que, até dezembro, essas coberturas cresceram para 87,3% e 84,3%, respectivamente.
Para a pediatra neonatologista Larissa Marques, o incremento deve ser comemorado e tem relação com o fim da Covid-19 como emergência global decretado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em maio deste ano.
“Houve a normalização da frequência de escolas e de atendimentos de saúde, e as pessoas ficaram com menos medo de sair de casa. Também foi um ano que os pediatras discutiram muito a importância de se retornar a vacinação adequada. Há um ano, a gente batia na queda acentuada de 2021 e 2022”, considera.
Com informações do Diário do Nordeste.