A lagoa da Bastiana, no Centro da cidade, voltou a arder em chamas. Na tarde da última quarta-feira, 21, uma densa cortina de fumaça pôde ser vista de longe, principalmente por quem trafegava pelas avenidas Perimetral e Fransquinha Dantas.
“Todo ano é a mesma coisa. A gente tenta combater o fogo, mas não tem como. Com o mato seco, o fogo se espalha ligeiro, não tem como a gente apagar. Infelizmente, a pessoa vem, toca fogo e vai embora. Não sei se é por perversidade ou o que é. A pessoa tem o prazer de ver o fogo levantar. E a gente fica prejudicado”, lamentou o mecânico Valdemiro Rodrigues.
Segundo relatos de moradores, em menos de dez minutos o fogo atingiu uma grande parte de vegetação seca de uma área particular próximo à área da Bastiana, chegando até mesmo atingir copas de árvores próximas. “A gente usou baldes para tentar apagar o fogo perto das casas. Aqui tem ainda famílias que moram aqui, tem crianças, idosos. Tem um menino que sofre de asma. Graças a Deus que ele não estava aqui. Mas, depois fica o cheiro forte de fumaça. Quando o vento chega, vem aquela cinza pra dentro de casa”, comentou Valdemiro.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local e conseguiu apagar o fogo. Em média são registrados por dia entre 8 a 9 ocorrências de incêndios em vegetação em Iguatu. Fator esse que aumenta ainda mais neste segundo semestre do ano. “Infelizmente, nós temos essa estatística triste aqui em Iguatu. Aqui na lagoa da Bastiana, são recorrentes essas ações e durante o ano todo. Esta semana teve outro grande incêndio na Chapadinha, perto do lixão”, disse o tenente Emílio, do Corpo de Bombeiros de Iguatu.
De acordo ainda com dados do Corpo de Bombeiros, cerca de 90% dessas ocorrências são incêndios provocados por ação humana. “Muitas vezes a pessoa coloca fogo de forma intencional. Tem aqueles que vão fazer uma limpeza em um terreno e ainda continuam com essa prática errada. E pela falta de cuidado, às vezes a pessoa vai fazer uma queimada, não toma os cuidados necessários, e acaba o fogo se alastrando, tomando outras proporções, causando incêndios, prejuízos, prejudicando as pessoas e a natureza”, lamentou o oficial.
A fumaça oriunda do incêndio além de ser prejudicial para a saúde das pessoas, atrapalha ainda a visibilidade dos condutores de veículos. “Isso pode até acontecer um acidente de trânsito por causa dessas queimadas. A orientação que a gente passa é: se for limpar um terreno, um quintal, não toque fogo.
As pessoas façam uma limpeza, principalmente nas proximidades das casas, fazendo um roço, eliminando esse mato para diminuir a matéria seca, o ideal é logo depois das chuvas. Para evitar que o fogo chegue perto das residências. Até porque o material seco, o vento forte e o fogo, se propagam muito rápido”, complementou tenente Emílio.
Destruição
Na tarde da terça-feira, um incêndio em vegetação foi registrado no Bairro Chapadinha, às margens da CE 282, próximo ao lixão. Segundo relatos de moradores, o fogo teria iniciado por volta de meio-dia, sendo controlado somente no início da noite. “O fogo veio da parte de cima, não demorou muito e chegou na parte mais de baixo.
Acabou com tudo. Matou bicho, acabou com pasto de um criador de gado. Prejuízo grande”, contou o aposentado Antônio Costa. O fogo destruiu também mais de 1km de fiação de três operadoras de telefonia e internet.
Em caso de incêndio, os bombeiros orientam também que as pessoas não se arrisquem tentando apagar o fogo. O número de emergência dos Bombeiros é o 193.
Com informações do Jornal A Praça.
