quinta-feira, 31 de março de 2022

Mesmo com boas chuvas, cidades do Ceará decretam situação de emergência devido à seca; veja lista

O ano de 2022 tem sido de bons volumes pluviométricos na maioria das regiões do Ceará. No entanto, mesmo com algumas cidades sofrendo as consequências das fortes chuvas, como é o caso de Várzea Alegre e Cedro, outras padecem diante de uma realidade oposta: a falta de água. Somente neste início de ano, cinco municípios tiveram decreto de emergência reconhecido na esfera estadual devido a estiagem.

Araripe,

Boa Viagem,

Campos Sales,

Independência,

Itatira

De acordo com a Defesa Civil do Ceará, a decretação de situação anormal "tem o objetivo de estabelecer uma situação jurídica especial a fim de facilitar a gestão administrativa pública para a execução das ações de socorro e assistência humanitária à população afetada, restabelecimento de serviços essenciais e recuperação de áreas atingidas por desastre".

Em sumo, o mecanismo permite que seja dispensada a licitação para as contratações que visem à aquisição dos bens necessários ao atendimento da situação emergencial. O decreto de emergência tem duração máxima de 180 dias consecutivos e ininterruptos, mas, pode ser renovado após.




Atualmente, além destas cinco cidades que tiveram decreto reconhecido neste ano, outras 34 também estão com decreto vigente. Nestes municípios, o reconhecimento foi realizado no segundo semestre do ano passado, época em que as chuvas ficam escassas no Estado devido ao fim da quadra chuvosa (fevereiro-março).
ÍNDICIES PLUVIOMÉTRICOS

Todas as cidades cujo decreto entrou em vigência neste ano de 2022 estão localizadas na região do Sertão Central e Inhamuns. Esta é, tradicionalmente, a região com menor média pluviométrica do Estado. Ela é justamente a única que, atualmente, tem volume de chuva acumulado abaixo dos 400 milímetros.

Cariri: 689,7 mm
Ibiapaba: 525,9 mm
Jaguaribara: 419,2 mm
Litoral de Fortaleza: 741,1 mm
Litoral de Pécem: 522,3 mm
Litoral Norte: 502,3 mm
Maciço de Baturité: 610,1 mm
Sertão Central e Inhamuns: 396,5 mm

As cidades também estão com volume de chuva aquém do registrado em outros municípios, os quais muitos já se aproximam do valor total esperado para todo o ano, como são os casos de Caríus e Granjeiro, o que já ultrapassaram a média anual, como em Várzea Alegre.

Dos cinco municípios com decreto reconhecido neste ano, Itatira é o que tem o menor volume de chuva acumulado até então, com apenas 292.2 mm, o que representa menos da metade do que é esperado para o ano. Em seguida, aparece Independência e depois Campos Sales.

Araripe: 407.5 mm
Boa Viagem: 335.9 mm
Campos Sales: 438.5 mm
Independência: 349.1 mm
Itatira: 292.2 mm

Com informações do Diário do Nordeste.