sábado, 1 de janeiro de 2022

Vacinas aplicadas no Brasil fornecem proteção adicional a quem já teve coronavirus, diz Fiocruz

Quem já teve a infecção por Covid-19 recebe um “alto grau” de proteção extra dos quatro tipos de vacinas aplicadas no Brasil. A revelação é de um estudo liderado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e publicado na plataforma Medrvix na última quarta-feira (29).

A análise indica que Coronavac, Astrazeneca, Janssen e Pfizer têm efetividade entre 39% e 65% na prevenção de quadros sintomáticos.

Além disso, os vacinados com duas doses da Coronavac, Astrazeneca e Pfizer têm proteção 80% maior para formas graves suscetíveis à internação hospitalar ou morte do que infectados não vacinados.

O estudo foi divulgado em formato preprint, ou seja, ainda não teve revisão de outros cientistas. Ele foi elaborado por 20 pesquisadores do Brasil e de universidades estrangeiras.

Para os autores do artigo, os dados reforçam a importância da vacinação, especificamente com as duas doses, já que alguns países recomendam apenas uma dose por considerarem que os infectados já possuem algum nível de anticorpos.

Os pesquisadores partiram da carência de informações sobre a efetividade das vacinas em pessoas previamente doentes. Eles analisaram uma base de dados com mais de 90 mil brasileiros que tiveram um ou dois testes positivos para Covid-19, entre fevereiro e novembro deste ano.

Os estudiosos descobriram que, após a infecção inicial, a efetividade para posterior doença sintomática 14 dias após o esquema vacinal completo é de:

Coronavac: 37,5%
Astrazeneca: 53,4%
Janssen: 35,8%
Pfizer: 63,7%

Nas vacinas de duas doses, a efetividade contra hospitalização e morte no mesmo período é de:

Coronavac: 82,2%
Astrazeneca: 90,8%
Pfizer: 87,7%

Na Janssen, inicialmente aplicada em apenas uma dose, esse índice é de 59,2%.

Com informações do Diário do Nordeste.