sábado, 22 de janeiro de 2022

Fisioterapia está entre as profissões que mais cresceram na pandemia do coronavirus

Com o avanço da pandemia no mundo, os profissionais de saúde precisam encarar mais uma vez a linha de frente e salvar vidas em meio a UTIs e hospitais superlotados. Diante do desafio, os fisioterapeutas ganham ainda mais relevância dentro da equipe multifuncional por desempenharem um papel essencial desde a atenção primária à recuperação das pessoas que tiveram COVID-19.

Segundo dados do site de classificados de empregos Catho, a Fisioterapia foi a área que mais ofertou vagas de emprego durante a pandemia. Apenas em 2020, a procura por fisioterapeutas para tratamento hospitalar e respiratório teve um crescimento de, respectivamente, 725% e 716%.

O crescimento é ainda mais urgente, quando se observa as constantes variações do novo coronavírus: Delta, Ômicron e IHU. As variantes permitem que o vírus se torne ainda mais contagioso e com sintomas capazes de comprometer o funcionamento de diversos órgãos, como o pulmão, caso a vítima não esteja imunizada.

“Nesse contexto mais sério, além de outros menos severos, há tanto as queixas de dificuldade para respirar como também de diminuição da força muscular, aspectos nos quais o profissional fisioterapeuta desempenha um papel fundamental para monitoramento, controle, redução e remissão desses sinais/sintomas, através de abordagens específicas da Fisioterapia Respiratória e exercícios para a recuperação da funcionalidade dos pacientes", destaca o Professor Paulo Henrique Palácio, coordenador do curso de Fisioterapia da Universidade de Fortaleza (Unifor).

Além do impacto sistêmico no organismo, a COVID-19 se torna gatilho para efeitos nocivos à psique de pacientes, sobretudo os que enfrentam um processo de intubação mais demorado. Com uma formação ampla e vivências clínicas diversificadas, os fisioterapeutas são profissionais que se diferenciam no mundo do trabalho da saúde pelo contato mais próximo e humano com os pacientes no processo de recuperação funcional, condição que pode trazer benefícios não apenas à condição física, mas também psicossocial.

“Diante desse fato e em virtude da proliferação do vírus e suas variantes, é necessário que gestores públicos e de cenários privados busquem uma adequação necessária desses profissionais para que a saúde da população seja garantida de forma integral nesse grave período histórico que o mundo enfrenta”, alerta o docente.

Com informações do Diário do Nordeste.