sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Pesquisadores no Ceará criam processo industrial para produzir camarão em pó

De olho no potencial econômico da carcinicultura na faixa litorânea cearense, em viveiros que penetram e se espalham pelo sertão, e na praticidade de alcançar os consumidores, pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) criaram um processo industrial para produzir camarão em pó. O crustáceo é rico em proteína e é apreciado em diversas iguarias.

Os pesquisadores asseguram que o camarão desidratado e em pó mantém qualidade nutricional e características de sabor e aroma. “Temos matéria-prima em grande quantidade no Ceará e o processo industrial favorece o seu consumo durante um período maior em comparação com o estado natural, que é muito perecível”, pontuou o professor aposentado do Departamento de Engenharia de Alimentos da UFC, José Maria Correia da Costa.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ano base 2020, a produção de camarão no Brasil é oriunda do Ceará e do Rio Grande do Norte, que respondem por 99,6% do total. Aracati, no litoral leste cearense, recolheu 3,9 mil toneladas no ano passado e liderou o ranking de municípios com maior produção do crustáceo no Brasil.

O camarão em pó pode ser usado na culinária regional, em preparo de pratos sofisticados ou simples e de molhos, temperos, patê e, quem sabe, até num pirão. A sua utilização vai depender da criatividade de quem vai preparar o crustáceo.

Além do professor José Maria Correia da Costa, também assinam o invento a engenheira de Pesca Janaína de Paula Costa e o tecnólogo em Alimentos Luís Gomes de Moura Neto, ex-alunos de José Maria.

Em setembro passado, o processo de produção de camarão em pó foi reconhecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), ampliando para 18 o número de cartas-patente obtidas pela UFC.

Com informações do Diário do Nordeste.