Em meio ao cenário de imunização no Ceará, o Estado enfrenta o aumento de casos da Covid-19 e a chegada da nova cepa. Conforme o secretário de Saúde, Dr. Cabeto, em entrevista ao Diário do Nordeste, na manhã desta quarta-feira (24), a transmissão da nova variante deixa de ocorrer somente com a chegada de pacientes de Manaus. Já podendo ser classificada como transmissão comunitária, indicando que a mutação circula entre as pessoas, independente de terem viajado ou não para a região Norte .
“Isso é muito importante saber, porque essa transmissão, esse tipo de cepa, está relacionado com um comportamento epidemiológico diferente”, aponta. Com a mutação do novo coronavírus, análises realizadas pela pasta apontaram que os pacientes apresentam um maior tempo de internação durante a segunda fase da doença, em que são registradas inflamações e pneumonias.
“Essa segunda fase é mais longa. Anteriormente, estávamos entre 7 e 10 dias, nós já estamos falando em até 14 dias. Isso aumenta ainda mais o risco e sobrecarrega o sistema assistencial”, coloca.
Ao todo, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) investiga 190 casos notificados da variante, tendo encaminhado para análise do sequenciamento viral. Já tiveram 27 ocorrências analisadas, apresentando a confirmação da doença em cerca de 7 em cada 10 casos. No entanto, o número ainda não pode ser definido porque as análises precisam ser consolidadas.
“A ideia é que o sequenciamento seja feito dentro do Ceará, nos próximos meses, para que o Estado monitore isso. Para a pandemia, essa informação é fundamental”, diz Cabeto.
Com informações do Diário do Nordeste.