quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Vacina de Oxford deve ser aplicada no Brasil por volta de 20 de janeiro, diz Fiocruz

Vacina de Oxford (AstraZeneca) - Foto mostra voluntário recebendo a vacina em um hospital de Soweto, em Joanesburgo, na África do Sul, em junho de 2020 — Foto: Siphiwe Sibeko/Pool via AP
A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, afirmou na manhã desta quarta-feira (30), que a entrega final de documentos para registro da vacina de Oxford no Brasil deve ser feita até 15 de janeiro.

“O nosso registro já está sendo submetido com a perspectiva de entrega final de documentos até a data de meados de janeiro, de 15 de janeiro”, disse a presidente.

A previsão é que o primeiro lote com 1 milhão de doses seja entregue entre 8 e 12 de fevereiro.

A vacina de Oxford, desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, tem eficácia que variou entre 62% e 90% a depender da dosagem aplicada, segundo estudo publicado no início da dezembro na revista científica “Lancet”.

Dentre as principais vantagens desta vacina na comparação com outros imunizantes está o fato de ela ser mais barata e mais fácil de armazenar, o que também facilita a sua distribuição. Diferente da vacina Pfizer/BioNTech, por exemplo, ela não precisa ficar guardada a -70°C e pode ser mantida em temperaturas normais de refrigeração, de 2ºC a 8ºC.

Previsão para campanha de vacinação

Ainda não há data definida para início da campanha de vacinação no Brasil, mas a expectativa do ministério é começar entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro, se os fabricantes das vacinas obtiverem aval da Anvisa a tempo.

A afirmação foi feita durante cerimônia de entrega de R$ 20 milhões da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) à Fiocruz para combate à Covid-19.

Nísia afirmou que o dia é histórico pela aprovação do uso da vacina contra a Covid-19 desenvolvida por Oxford e AstraZeneca no Reino Unido.

A vacina de Oxford é uma das quatro testadas no Brasil – que tem um contrato de compra e de transferência de tecnologia do imunizante. A vacina será produzida em solo brasileiro pela Fiocruz, mas ainda precisa de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“É um dia histórico, pois é mais um elemento de esperança diante de uma situação de grande sofrimento. Uma esperança que vem da ciência e vem de uma visão de saúde pública. Porque a vacina não é só eficaz, mas adequada para países de população do tamanho do nosso, com as suas diferenças regionais e sociais. É uma vacina adequada para o nosso Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse a presidente da Fiocruz.

Com informações do G1.