sábado, 4 de abril de 2020

Em meio ao avanço de óbitos, ministro da Saúde descarta demissão

Foto AFP
No dia em que Brasil chegou a 9.056 casos confirmados do novo coronavírus, avanço de 1.146 (15%) em relação à véspera, enquanto o número de mortes em decorrência da Covid-19 chegou a 359 (alta de 20%), ante 299 na quinta-feira, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, teve de descartar, nesta sexta-feira, deixar o Governo Bolsonaro.

"Quanto a eu deixar o Governo por minha vontade, tenho uma coisa que aprendi com meus mestres: médico não abandona paciente", disse ele, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, ao ser perguntado sobre os conflitos recentes com o presidente e a chance de deixar o cargo.

Na quinta-feira, o presidente admitiu, em entrevista a uma emissora de rádio paulista, que está "se bicando" com o ministro da Saúde sobre a melhor forma de condução das políticas para enfrentar o coronavírus.

A troca de farpas entre as duas autoridades ocorre em meio à trajetória da doença rumo ao pico de casos e de óbitos. Ontem, a letalidade da doença no País é de 4%, novo recorde, segundo dados do Ministério da Saúde.

Entre as mortes, 286 já tiveram investigação concluída, sinalizando que 85% dos óbitos foram de pessoas acima dos 60 anos e 82% de pessoas com ao menos uma comorbidade, características que compõem o chamado grupo de risco.

"Pessoas acima de 60 anos são o principal fator... Muito cuidado com o fator idade", disse Mandetta.

Em relação aos Estados, São Paulo tem a maior parte dos registros de coronavírus, com 4.048 casos (alta de 15,5%), e o maior número de óbitos, 219.


Com informações do Diário do Nordeste.