quinta-feira, 2 de abril de 2020

Câmara de Fortaleza doa mais de 17 toneladas de alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade

Foto José Leomar
A Câmara Municipal de Fortaleza realizou, nesta quinta-feira (2), doação de mais de 17 toneladas de alimentos ao movimento Supera Fortaleza. Os vereadores foram responsáveis por cerca de 90% dos alimentos, com a doação do equivalente a 20% dos salários. Dos 43 vereadores, 32 contribuíram diretamente com a arrecadação promovida pela Casa. 

A campanha foi iniciada no dia 24 de março, mobilizando não só vereadores, como também servidores do Legislativo municipal. Apesar de ter realizado a primeira entrega, a campanha deve continuar em andamento. Donativos podem ser entregues tanto na sede da Câmara Municipal como está disponível um serviço de recolhimento de produtos, a ser realizado por meio de agendamento no telefone (85) 3444-8417. 

Criado pela Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), o movimento Supera Fortaleza reúne entidades públicas, empresas e Organizações Não-Governamentais (ONGs) para amparar pessoas em situação de vulnerabilidade em razão das medidas de emergência contra o avanço do novo coronavírus.

"Esse apoio demonstra, mais uma vez, a preocupação dos parlamentares para garantir o bem-estar dos fortalezenses”, afirmou o presidente da Casa, Antônio Henrique (PDT). Líder da Prefeitura de Fortaleza na Casa, Ésio Feitosa (PDT) concorda. “É uma iniciativa que se junta às ações dos outros poderes no sentido de minorar as dificuldades de comunidades e setores mais carentes. É um momento que exige solidariedade aos que estão impedidos de trabalhar normalmente”, disse. 

“Apesar de morar em um bairro que é um bairro que tem a necessidade e estar contribuindo com instituições daqui, (...) me disponibilizei a estar junto da campanha para arrecadação para o Supera Fortaleza, que vem sistematizando as doações nesse movimento”, afirma o vereador Benigno Júnior (PP).

Motivos

Nem todos os parlamentares contribuíram com a arrecadação proposta pela Câmara. Sargento Reginauro (Pros) explica que estava realizando doações antes do início da arrecadação na Casa e, por isso, não participou. "Nós já estávamos fazendo a nossa campanha pessoal, tanto no nosso bairro (Ellery e Monte Castelo) como fizemos parte da campanha movida pelo Luciano Lopes, que faz a Luana do Crato, para arrecadar alimentos para os humoristas que estão em dificuldade", detalha. 

Já o vereador John Monteiro (PDT) preferiu dar suporte a moradores do bairro Mucuripe, onde mora, e comunidades vizinhas. "Em momentos como esse, o povo vai bater na porta de quem? Do vereador. São sempre muitas pessoas nos procurando no escritório no bairro, nunca vi tanta gente. Então, por esse motivo, eu estou fazendo dentro do meu bairro, que é o mínimo que podemos fazer nessa hora", afirma Monteiro. 

O vereador Carlos Mesquita disse que também preferiu fazer a doação de cestas básicas diretamente para a população. "Fiz questão de eu mesmo entregar a aqueles que eu sei que realmente precisam", afirma.

Os vereadores suplentes Carlos Dutra (PDT) e Kátia Rodrigues (PPS) afirmaram que estavam comprometidos com outras instituições e por isso não contribuíram. Kátia Rodrigues explicou que mantém uma instituição de apoio a famílias em vulnerabilidade social, o Instituto Gotinhas do Bem, enquanto Dutra explicou que estava realizando doações, assim como arrecadações, para outras quatro instituições. 

A vereadora suplente Ana Aracapé afirmou que não foi informada da campanha de doação, enquanto Ziêr Férrer (PDT) disse que entregou alimentos diretamente na Câmara Municipal. Os vereadores Julierme Sena, Márcio Martins, Marília do Posto e Plácido Filho não responderam ao contato da reportagem. 

Com informações do Diário do Nordeste.