Numa solenidade marcada pelo entusiasmo e respeito à história e à cultura do Ceará, o prefeito de Senador Pompeu (a 273Km de Fortaleza), Maurício Pinheiro (PDT), assinou no último sábado (20), o tombamento do Sítio Histórico do Campo de Concentração do Patu, local que serviu de isolamento para milhares de retirantes ou flagelados da Seca de 1932.
A solenidade contou com a presença de várias autoridades estaduais e foi iniciada com uma missa de Ação de Graças celebrada pelo bispo de Iguatu, dom Edson de Castro Homem; e pelo pároco de Senador Pompeu, João Melo dos Reis.
Em seguida, o prefeito Maurício Pinheiro, o promotor de Justiça da Comarca local, Geraldo Nunes Teixeira; e o advogado e o pesquisador Vadecy Alves, destacaram ao público a importância da concretização do tombamento para o Município e a história da seca para o Ceará e o mundo.
Completando a programação especial, foram realizadas visitas mediadas ao sítio histórico do Campo de Concentração do Patu, conhecido como o “curral humano”, onde morreram milhares de flagelados ficou conhecido em uma das piores secas que já atingiram o Ceará.
A solenidade contou com a participação de 600 convidados. O promotor de Justiça da Comarca local ressaltou a importância histórica e cultural do tombamento. Representantes da sociedade prestigiaram a solenidade organizada e realizada pela Prefeitura de Senador Pompeu.
História
O primeiro campo de concentração, registram os documentos oficiais, nasceu em decorrência da seca de 1915, quando os chamados abarracamentos – barracas espalhadas pela cidade – deram lugar a áreas de concentração dos migrantes. Os retirantes chegavam, sobretudo, pela via férrea e eram contidos em um grande terrenos para evitar, dentre outras coisas, que passassem a vagar pela capital, ampliando cenários de pobreza. A concepção de uma área para concentrar migrantes veio após o acolhimento no Passeio Público, no Centro da cidade, exceder os três mil retirantes, registra o documento.
Apoiado na noção de ordenamento, um terreno no Alagadiço concentrou retirantes. O local chegou a abrigar cerca de oito mil pessoas. Findado o período de estiagem, em 1916, o campo foi desfeito. Já em 1932, o inverno era esperado com ansiedade, mas um novo ciclo de secas fez o estado, retornar a cruel ideia de confinar retirantes. A experiência se repetiria desta vez além de Fortaleza em outros cinco municípios. Crato, Senador Pompeu, Quixeramobim, Cariús e Ipu.
Em 1932, duas grandes estradas de ferro, a Baturité e a de Sobral, cortavam o Ceará. A primeira cortava o estado de norte a sul. Saindo de Fortaleza seu principal percurso seguia rumo às maiores cidades do Sertão Central, passando pelo Cariri, onde se localizam Juazeiro do Norte e Crato. A via também alcançava Quixeramobim e em seguida por Senador Pompeu. O único campo cujo a cidade não tinha estação ferroviária era o Cariús, mas este ficava a poucos quilômetros da estação da cidade de Cedro.
A solenidade contou com a presença de várias autoridades estaduais e foi iniciada com uma missa de Ação de Graças celebrada pelo bispo de Iguatu, dom Edson de Castro Homem; e pelo pároco de Senador Pompeu, João Melo dos Reis.
Em seguida, o prefeito Maurício Pinheiro, o promotor de Justiça da Comarca local, Geraldo Nunes Teixeira; e o advogado e o pesquisador Vadecy Alves, destacaram ao público a importância da concretização do tombamento para o Município e a história da seca para o Ceará e o mundo.
Completando a programação especial, foram realizadas visitas mediadas ao sítio histórico do Campo de Concentração do Patu, conhecido como o “curral humano”, onde morreram milhares de flagelados ficou conhecido em uma das piores secas que já atingiram o Ceará.
A solenidade contou com a participação de 600 convidados. O promotor de Justiça da Comarca local ressaltou a importância histórica e cultural do tombamento. Representantes da sociedade prestigiaram a solenidade organizada e realizada pela Prefeitura de Senador Pompeu.
História
O primeiro campo de concentração, registram os documentos oficiais, nasceu em decorrência da seca de 1915, quando os chamados abarracamentos – barracas espalhadas pela cidade – deram lugar a áreas de concentração dos migrantes. Os retirantes chegavam, sobretudo, pela via férrea e eram contidos em um grande terrenos para evitar, dentre outras coisas, que passassem a vagar pela capital, ampliando cenários de pobreza. A concepção de uma área para concentrar migrantes veio após o acolhimento no Passeio Público, no Centro da cidade, exceder os três mil retirantes, registra o documento.
Apoiado na noção de ordenamento, um terreno no Alagadiço concentrou retirantes. O local chegou a abrigar cerca de oito mil pessoas. Findado o período de estiagem, em 1916, o campo foi desfeito. Já em 1932, o inverno era esperado com ansiedade, mas um novo ciclo de secas fez o estado, retornar a cruel ideia de confinar retirantes. A experiência se repetiria desta vez além de Fortaleza em outros cinco municípios. Crato, Senador Pompeu, Quixeramobim, Cariús e Ipu.
Em 1932, duas grandes estradas de ferro, a Baturité e a de Sobral, cortavam o Ceará. A primeira cortava o estado de norte a sul. Saindo de Fortaleza seu principal percurso seguia rumo às maiores cidades do Sertão Central, passando pelo Cariri, onde se localizam Juazeiro do Norte e Crato. A via também alcançava Quixeramobim e em seguida por Senador Pompeu. O único campo cujo a cidade não tinha estação ferroviária era o Cariús, mas este ficava a poucos quilômetros da estação da cidade de Cedro.