A "normal", como é conhecida a média histórica, para este período é de 316.1mm, e tem como base um cálculo realizado considerando 30 anos (1981 a 2010). As precipitações observadas em 2018 registraram 280.7mm, -11,2% em comparação à normal. O resultado significa, em termos práticos, um aumento na quadra chuvosa deste período. Com isto, as chuvas desse período ficam "em torno da média" histórica.
O meteorologista da Funceme, David Ferran, informa que a variação ocorre por causas naturais, e que nenhum fenômeno atípico teve interferência no observado.
"É uma variabilidade da chuva, que acontece de ano a ano. Na quadra chuvosa, a gente costuma fazer a avaliação porque, às vezes, tem a atuação do 'La Ninã', ou do 'El Niño', mas quando começa a entrar no período seco, essa avaliação não é feita porque não tem muita consistência", completa .
Seca Grave
Apesar de ter sido registrado um maior valor das precipitações no segundo trimestre, o mês de junho apresentou um aumento da "Seca Grave" na região Sul do Ceará, em comparativo com o mês de maio de 2018. O balanço foi divulgado pelo Monitor da Seca, plataforma dos institutos de meteorologia do Nordeste, entre eles, a Funceme, que acompanha a situação hídrica de todos os estados do Nordeste.
A seca grave, nível mais severo que atinge o Estado totaliza 7,56% do território. Quando comparado com maio, o mesmo índice era de 2,82%. A área em situação mais crítica atinge municípios como Parambu e Aiuaba, no Sertão dos Inhamuns; e Araripe, Nova Olinda e Crato, na região Cariri-Centro Sul.
O Estado do Ceará apresenta, além de "Seca Grave", índices de "Seca Relativa", "Seca Fraca" e "Seca Moderada". Com informações do Diário do Nordeste.