Atualmente, o Centro de Nefrologia de Iguatu (CNI) atende 145 pacientes de Iguatu e de outros municípios o Centro-Sul do Estado ( Fotos: Honório Barbosa ) |
Iguatu. Medo e revolta. Esses foram os sentimentos expressados na manhã de ontem pela maioria dos pacientes e acompanhantes do Centro de Nefrologia de Iguatu (CNI), após a prisão em flagrante de um dos administradores da clínica e responsável por um laboratório clandestino que fabricava a substância Concentrado Polieletrolítico para Hemodiálise (CPHD), utilizada na unidade de saúde.
A prisão do sócio-administrador e o fechamento do laboratório ocorreram na tarde desta segunda-feira (27), nesta cidade. O fato, considerado grave pelas autoridades, obteve ampla repercussão em Iguatu. Muitos lamentaram e outros questionaram o risco de morte dos pacientes que fazem hemodiálise, naturalmente debilitados.
"Isso é uma criminalidade", reagiu a dona de casa Maria Augusta de Oliveira, 59, que acompanha há nove anos o filho, Bruno Oliveira, 27, doente mental, que faz hemodiálise três vezes por semana. "Algumas vezes ele tem passado mal e a gente fica preocupado", comentou.
Segundo os pacientes, nenhum funcionário da clínica prestou esclarecimentos na manhã de ontem. A unidade funcionou normalmente, mas recebeu a visita de técnicos da Vigilância Sanitária do Estado e da Vigilância Sanitária do Município de Iguatu. Diariamente, o Centro de Nefrologia de Iguatu atende cerca de 70 pacientes nos turnos da manhã, tarde e noite, da cidade e da região Centro-Sul.
"Quem fez isso cometeu um erro e deve ser punido porque é um crime", disse o paciente Francisco Hermilton Pinheiro, 34, morador de Irapuan Pinheiro.
Fonte Diário do Nordeste