Vaqueiros concentraram-se no Parque de Exposições de Iguatu em defesa da vaquejada, sob a proteção da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Foto de Honório Barbosa |
Cerca de 300 vaqueiros e cavaleiros, além de dezenas de veículos (motos, caminhões e carros) participaram na manhã desta terça-feira da mobilização nacional em favor da manutença da vaquejada como atividade de esporte e cultura. Os manifestantes concentram-se no Parque de Exposições do Rotary Club de Iguatu e depois seguiram em caminhada pelas ruas da cidade.
A manifestação começou com quase duas horas de atraso e terminou por volta das 13 horas. Dois trios elétricos conduziram o ato público com discursos, música e aboios (canto de condução de animais bovinos com rima em favor da vaquejada).
Os organizadores do evento reafirmaram que no entendimento deles não há proibição. “O Supremo apenas considerou a lei do Ceará inconstitucional”, disse o advogado e vaqueiro, Iago Veira. “É preciso haver uma lei proibindo, se não há lei, está permitido”.
No próximo dia 25, os vaqueiros e organizadores de vaquejada vão realizar um amplo protesto em Brasília em frente ao Congresso Nacional. “A vaquejada não maltrata animais, medidas de proteção foram adotadas nos últimos anos”, disse o empresário, criador, Sony Nunes. “Temos que pensar nos empregos que são gerados com a vaquejada”.
O empresário e promotor de vaquejada, Anderson Teixeira, lamentou a decisão do STF. “Há desembargadores que não sabiam o que estavam votando”, frisou. “Onde se falam que há maus tratos, vejo amor, cuidado com os animais”. Os vaqueiros que participaram do ato disseram que estavam confusos, tristes e sem entender porque a Justiça tomou uma decisão no sentido de proibir vaquejada.
Houve manifestação em Orós, em frente à Prefeitura, e em Icó, com interdição da BR 116 por 40 minutos.
Fonte Diário do Nordeste