Os preços dos remédios poderão subir até 7,7% a partir desta terça-feira (31/03). Foi publicada hoje no Diário Oficial da União resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) estabelecendo os reajustes por faixa, que vão de 5% a 7,7%, de acordo com o perfil do produto.
Entre os medicamentos que são atingidos pela resolução estão produtos de uso contínuo ou administrados no tratamento de doenças graves. Entram na lista também antibióticos, anti-inflamatórios, diuréticos, vasodilatadores e ansiolíticos. São 19 mil apresentações de medicamento. Os fitoterápicos e homeopáticos, por sua vez, têm preços liberados.
São três faixas de aumento — conforme a participação dos genéricos no faturamento — para o preço na saída das fábricas. O reajuste mais alto, de 7,7%, será para os medicamentos da classe em que a participação de genéricos no faturamento é igual ou superior a 20%. Mais da metade dos medicamentos com preço controlado está nessa categoria, que também é equivalente à inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA medido pelo IBGE) nos 12 meses encerrados em fevereiro.
Na segunda categoria, de classes com participação de genéricos entre 15% e 20%, o aumento será de 6,35%. Nela, está o menor número de fármacos — cerca de 2,5% do total. Por último, com 43% dos produtos vendidos, está a classe com participação de genéricos em faturamento abaixo de 15%, que terá reajuste de 5%.
No ano passado, quando a inflação ainda estava em ritmo menor, o aumento nos preços dos medicamentos autorizado foi bem menor: entre 1,02% e 5,68%.
Fonte O Globo