segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Há 30 anos, Mamonas Assassinas animou multidão na Arena Castelão, no Ceará

Foto Cedoc SVM/Neysla Rocha/SVM
Há exatos 30 anos, às 20h, o show dos Mamonas Assassinas transformou a Arena Castelão, em Fortaleza, em um território de gargalhadas, irreverência e catarse coletiva. O evento, realizado em 22 de dezembro de 1995, entrou para a memória afetiva dos cearenses como a noite em que música e humor se encontraram.

Naquele período, os Mamonas eram mais do que uma banda: eram um fenômeno nacional. Vindos de Guarulhos, em São Paulo, os cinco integrantes haviam deixado para trás o projeto sério chamado "Utopia" e, em pouco mais de um ano, conquistaram o País com letras escrachadas, arranjos bem executados e personagens que dialogavam diretamente com crianças, adolescentes e adultos.

O grupo chegava a Fortaleza já consagrado, com mais de um milhão de cópias vendidas do disco de estreia e presença constante nos principais programas de televisão.

Promovido pelo Diário do Nordeste, o evento dos Mamonas Assassinas tinha ingressos de R$ 10 (arquibancada), R$ 15 (gramado) e R$ 20 (cadeira). 

Em 1995, o salário mínimo era no valor de R$ 100.

A expectativa em torno do show era proporcional ao sucesso. A produção local montou uma grande operação, semelhante às utilizadas em apresentações de artistas como Xuxa e Roberto Carlos. Houve reforço na segurança, esquema especial de transporte coletivo, atendimento médico, ambulatórios, controle de acesso e monitoramento do público — estimado em cerca de 20 mil pessoas. A presença massiva de crianças e adolescentes exigiu atenção redobrada, inclusive com acompanhamento do Juizado de Menores.

O espetáculo prometia — e entregou — um megashow. Telões, iluminação potente, sonorização pensada para espaço aberto e um palco estrategicamente montado garantiram visibilidade de qualquer ponto do estádio. No repertório, sucessos que já dominavam as rádios, como “Vira Vira” e “Pelados em Santos”, além das vinhetas que o público passou a exigir como parte essencial da apresentação, a exemplo de “Sabão Crá-Crá”. A plateia cantava tudo de cor, do primeiro ao último verso.

Com informações do Diário do Nordeste.