quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Cearense passa o Natal em hospitais há 20 anos para levar alegria a internados

Foto Arquivo pessoal.
Se alguém do futuro dissesse que um panfleto mudaria para sempre a vida de Rosane Azevedo, ela não acreditaria. Mas foi assim que aconteceu. Ao frequentar um centro espírita em Fortaleza, a professora recebeu um pedaço de papel no qual constavam detalhes sobre um projeto natalino cujo objetivo era levar apoio e alegria a pessoas internadas.

Interessou-se, ligou para o número informado e foi convidada a participar. Desse dia em diante, já são 20 Natais em meio a corredores e leitos de hospital, unida a gente que aguarda, ansiosa, aquela presença boa, de pessoa desejosa de fazer o bem.

“Desde o primeiro momento em que entrei no hospital e senti aquela forma diferente de fazer o Natal – acolhendo os doentes que estão ali, me doando por meio de um gesto de amor, levando alegria a um ambiente tão sofrido – passou a ser algo extremamente gratificante”.

A data passou até a fazer mais sentido, principalmente porque não age sozinha. Cerca de 500 integrantes do Natal de Amor – iniciativa totalmente voluntária e não-governamental, com 29 anos de história – saem das próprias casas na tarde de 25 de dezembro para ocupar todas as instituições de saúde pública em Fortaleza e na Região Metropolitana.

Munidos de gorros vermelhos, sem qualquer tipo de conotação religiosa, eles adentram os recintos cantando e ressoando as melhores energias. Aproximam-se dos internados e levam palavras de consolo, conforto e esperança. Mais que gesto verbal, a presença é o verdadeiro diferencial da ação que elege a empatia como o maior presente de fim de ano.

“No total, levamos mais de seis mil itens aos hospitais. A intenção é que cada pessoa receba o brinde como um gesto simbólico, que se torna importante porque ela recebeu das mãos do Papai Noel no dia de Natal e veio cheio de amor e fé, otimismo e esperança”, conta.

Com informações do Diário do Nordeste