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| Foto Climatempo |
Após a passagem de um meteoro intenso e brilhante na noite dest última a segunda-feira (8), que chamou a atenção de moradores de diversas cidades do Nordeste, o Brasil se prepara para um fenômeno ainda mais impressionante: a chuva de meteoros Geminídeas, considerada uma das maiores do ano, entre os dias 13 e 14 de dezembro.
O Ceará será um ponto estratégico para observação, já que o estado está próximo à Linha do Equador. Segundo o astrônomo Lauriston Trindade, membro da Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros), essa chuva ocorre todos os anos e recebe esse nome porque os meteoros parecem surgir da constelação de Gêmeos.
"Ela tem a atividade máxima entre os dias 13 e 14 de dezembro de cada ano por volta de 3h ou 4h. A expectativa é que sejam mais de 100 meteoros por hora. Quem está na região mais ao Sul do Brasil tem mais dificuldade de observar, porque a constelação de Gêmeos para a gente fica bem alta no céu, então a gente consegue avistar mais meteoros", explica Lauriston.
Essa chuva é causada por um asteroide, e o especialista destaca que ela não tem relação com o meteoro avistado na noite desta segunda-feira (8). No entanto, os brasileiros podem esperar um espetáculo tão bonito quanto.
"É o Asteroide 3200, descoberto ainda na década de 80. A poeira remanescente desse asteroide gera uma trilha no espaço e, todo ano, a Terra atravessa essa trilha de poeira nesse período de dezembro. Esse fragmento entra na atmosfera e causa esse fenômeno dos meteoros".
Apesar de ter seu ápice entre os dias 13 e 14, a chuva de Geminídeas começa a despontar cerca de 20 dias antes da madrugada 'oficial', embora de maneira mais tímida. "Mas, na madrugada 'oficial' serão tantos, com tanta frequência, que não tem escapatória. Qualquer pessoa vai dizer o seguinte: opa, está acontecendo alguma coisa porque está tendo muitos meteoros no céu", comenta o astrônomo.
Como observar? Há riscos?
O astrônomo Lauriston Trindade reforça que observar meteoros é seguro e não há riscos envolvidos - a menos que um fragmento (o chamado meteorito, que geralmente tem o tamanho de uma laranja) atinja alguém, o que é praticamente impossível. A observação é simples: basta olhar para o céu. Como não é necessário utilizar equipamentos, a atividade torna-se ainda mais acessível.
Com informações do G1 Ceará.
