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| Foto Arquivo pessoal |
Aos 8 anos, o estudante da rede municipal de Baturité, no Ceará, Augusto de Paula Bezerra conquistou a medalha de bronze na Olimpíada Internacional de Ciências (Copernicus Natural Science) e garantiu classificação para a etapa internacional da Copernicus Global Round 2026, que será em janeiro, na cidade de Houston, no Texas, nos Estados Unidos.
Augusto é superdotado, conforme já noticiado pelo Diário do Nordeste em 2022, em reportagem sobre a necessidade de inclusão escolar, e, aos 2 anos de idade, já sabia ler. Agora, a família busca recursos para garantir a presença do estudante na prestigiada competição que não oferece ajuda de custo para a participação.
A presença de Augusto na Olimpíada Internacional Copernicus se junta a uma série de conquistas alcançadas por ele, com o apoio da escola e da família, o primeiro ano em que passou a disputar esse tipo de competição. Somente em 2025, o estudante já se destacou na Olimpíada de Linguagens (Apis), na Smeta Olympiads de English, na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), na Olimpíada Brasileira de Língua Inglesa (OBLI), no Torneio Brasileiro de Ciências e na Olimpíada de Tecnologia.
A etapa internacional da competição reúne estudantes de vários países em provas de alto nível. Para a idade de Augusto, relata a mãe, Vaneuda Almeida de Paula, é liberada a participação na área de Ciências Naturais e ele irá ser avaliado em questões sobre química, física, biologia e astronomia.
Desde 2025, Augusto é aluno da rede pública de Baturité, na Escola Municipal de Tempo Integral Eduardo Taveira, na zona rural de Baturité, onde a família tem um sítio. Antes, eles moravam em Fortaleza e a criança estudava em uma escola privada.
A mudança para Baturité ocorreu, segundo a mãe, na tentativa de melhorar a qualidade de vida e ampliar a inclusão escolar de Augusto, já que, conforme mostrado pelo Diário do Nordeste, a condição de superdotação e altas habilidades, ao contrário do que os mitos e o imaginário costumam projetar, nem sempre garante apenas vantagens e conquistas. Muitas vezes, o percurso é marcado pela invisibilidade e solidão.
No caso de Augusto, desde muito pequeno ele apresentou características de superdotação, sobretudo, com o ritmo acelerado de aprendizagem, a capacidade diferenciada para resolver problemas e inquietações extremamente evoluídas para a idade.
Vaneuda relata que, com a mudança, veio a busca para garantir inclusão e que na rede municipal ela encontrou uma unidade “preparada para receber o Augusto”. Na escola, ele está no 4º ano do fundamental, um pouco adiantado para a idade. “Fomos super acolhidos pela secretaria. Hoje ele estuda em uma escola pequenininha, mais afastada da cidade, acho que não tem nem 200 alunos, e realmente conseguiu ter o acolhimento que ele necessitava”, destaca.
A inclusão, destaca a mãe, tem se refletido diretamente no desenvolvimento de Augusto. “Ele está sendo bem atendido e está conseguindo participar das olimpíadas. Quando ele está bem, tudo funciona. Ele estuda com crianças maiores, mas tem dado certo”, afirma. Na unidade, Augusto, que sabe falar e ler em inglês, além das aulas convencionais, também participa de atividades de música em um coral bilíngue, tem aulas de violino e, agora, será inserido nas aulas de capoeira.
Com informações do Diário do Nordeste.
