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| Foto Nícolas Paulino |
Cachorros-robôs, protótipos de carros, hortas vivas e alimentos feitos com bioconservantes. Nos últimos dias, a Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília, foi passarela para 400 projetos desenvolvidos por unidades de ensino de todo o país e apresentados na 5ª edição da Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica, promovida pelo Ministério da Educação (MEC).
A rede pública do Ceará esteve presente na mostra com três projetos inovadores de Escolas de Educação Profissional (EEPs) geridas pela Secretaria da Educação (Seduc), do Governo do Estado. Em comum, a busca por soluções para problemas reais que afetam o cotidiano de milhares de cearenses.
Do centro de Russas, mais especificamente da EEP Jeová Costa Lima, surgiu o aplicativo “Alert Lily”, uma ferramenta para o enfrentamento à violência contra a mulher. Ao pressionar um botão digital no celular, uma potencial vítima envia sua localização via GPS para um contato de confiança.
O projeto foi desenvolvido por uma equipe totalmente de alunas mulheres, dentre as quais Maria Eduarda Cavalcante e Maryana de Freitas. Elas estudam Desenvolvimento de Sistemas e tiveram preocupação com a onda crescente de feminicídios e agressões contra a população feminina.
“Acho que saber que o aplicativo foi criado por pessoas que sabem o que você passa dá um conforto, uma segurança”, afirma Maria Eduarda. Maryana complementa que a ferramenta também exibe números úteis, como Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, para uso em casos de emergência.
As estudantes seguem aprimorando as funcionalidades e buscam, no futuro, implementar tanto a localização em tempo real quanto a criação de um botão físico, que poderá ser escondido, com a mesma função do aplicativo.
O professor orientador do trabalho, Felipe Pitombeira, se orgulha do empenho das alunas. “Cada linha de código foi escrita por elas. Foi tudo do zero, viraram noites fazendo, pesquisaram e resolveram. Escola pública de qualidade consegue fazer isso: ver um problema social, como o feminicídio, e pensar em uma solução”, ressalta.
Com informações do Diário do Nordeste.
