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| Foto Thiago Gaspar/ Governo do Ceará |
A partir de setembro, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) começará a enviar mensagens de WhatsApp para mulheres com idades entre 50 e 69 anos, lembrando da importância da realização da mamografia.
O contato será direcionado às pessoas cadastradas nos sistemas estaduais de Saúde, para incentivar a adesão ao exame, considerado um dos principais métodos de rastreamento do câncer de mama, conforme recomendações do (MS).
PREVENÇÃO ESSENCIAL
Para a detecção precoce do câncer de mama, o Ministério da Saúde recomenda a realização de exames clínicos a partir dos 40 anos e a mamografia a partir dos 50. A orientação inclui também homens trans e pessoas não binárias que nasceram com sexo feminino e mantêm as mamas.
A mastologista Aline Carvalho, do Instituto de Prevenção do Câncer do Ceará (IPC), reforça que quanto mais cedo ocorre o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso. “Estudos apontam que as chances de cura de um tumor identificado em fase inicial chegam a 95%“, explica.
Segundo a médica, alterações iniciais na mama são discretas e dificilmente detectáveis pelo toque ou pela observação visual. A mamografia, nesse cenário, torna-se essencial, já que consegue identificar alterações antes mesmo de o problema evoluir para câncer. Aline Carvalho acrescenta que o diagnóstico precoce também favorece tratamentos menos agressivos, diminuindo a necessidade de procedimentos mutilantes, como a retirada das mamas, ou terapias invasivas, como a quimioterapia.
COMO FUNCIONA
Cada mulher receberá uma mensagem personalizada no mês de aniversário, enviada pelo número oficial (85) 98682-9000. O conteúdo terá caráter educativo, explicando a importância do exame e orientando sobre os locais de atendimento. A iniciativa integra o projeto De Outubro a Outubro Rosa, criado para ampliar a cobertura da mamografia no Ceará, garantir acesso mais equitativo e melhorar os índices de rastreamento da doença.
A coordenadora de Atenção Especializada e Redes de Atenção à Saúde da Sesa, Rianna Nobre, destaca que a ação fortalece a comunicação direta entre o sistema de saúde e a população. Para ela, a estratégia amplia o acesso a informações confiáveis e reforça o compromisso do Estado em reduzir desigualdades no diagnóstico.
FATORES DE RISCO
Além da prevenção com exames, especialistas chamam atenção para hábitos de vida que influenciam no surgimento da doença. Aline Carvalho lembra que cerca de 10% dos casos de câncer de mama têm origem hereditária, mas a maioria é esporádica, ligada ao estilo de vida. “Obesidade na menopausa, uso excessivo de álcool, terapias prolongadas com hormônios, sedentarismo e alimentação baseada em ultraprocessados estão entre os fatores que aumentam a incidência”, lista.
Ela reforça que manter hábitos saudáveis e realizar a mamografia no período recomendado são as principais formas de reduzir riscos e garantir mais chances de cura.
Com informações do Site Opinião CE.
