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| Foto Ismael Soares |
A “receita” é simples: uma comida primeiro salta aos olhos em vídeos que viralizam nas redes sociais e, rapidamente, o público começa a desejar saborear aquilo que tanto chamou atenção.
É o que aconteceu com o “morango do amor”, doce inspirado na clássica maçã do amor que envolve a fruta em brigadeiro branco — geralmente de leite em pó — e é finalizado com uma calda de açúcar que cria uma casca crocante, brilhante e geralmente avermelhada.
O encontro de sabores doces e ácidos e a aparência convidativa instigaram o público de Fortaleza a buscá-lo por toda a Cidade. Docerias e empreendedores, então, passaram a apostar no quitute e relatam ao Verso alta demanda e produção diária de centenas de unidades.
Morango do amor é comida junina?
Apesar da viralização dos últimos dias, o morango do amor não é uma criação recente. Na loja Adriana Chocolates — que fica no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza —, por exemplo, o doce compõe o cardápio junino do empreendimento desde 2023.
“As pessoas tinham super medo de arriscar, mas sempre era sucesso especificamente na época junina”, lembra Leticia Liberato, sócia do negócio. A ligação com o período das festas de São João reflete a “inspiração” na já conhecida maçã do amor, geralmente servidas neste período no Brasil.
Essa, porém, é uma relação mais recente, como explica o chef e professor de gastronomia do Senac Matheus Vieira. A origem histórica de doces feitos com frutas em caldas caramelizadas, ensina, é asiática e milenar.
“Especificamente na China, existe um tipo de doce de rua que se chama tanghulu”, aponta. Lá, é feita uma calda de açúcar “em ponto de bala dura” que é banhada em frutas in natura, como uvas ou mesmo morangos.
Já a mais conhecida maçã do amor, segue o professor, veio dos Estados Unidos para o Brasil no começo do século 20 e ficou ligada a várias festividades de junho pela coincidência entre o nome, o dia de Santo Antônio — conhecido como “casamenteiro" — e o dia dos namorados.
Com informações do Diário do Nordeste.
