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O infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) continuam entre as principais causas de internações no Ceará, totalizando, juntos, cerca de 8.600 casos por ano. Apesar de muitas vezes silenciosos, esses problemas cardiovasculares exigem atenção redobrada aos sinais do corpo e à adoção de hábitos saudáveis.
O aposentado Itamar Chaves é um exemplo de quem foi surpreendido pela doença, mesmo sem apresentar vícios ou comorbidades aparentes.
Após 30 anos de serviço como militar da Marinha, Itamar vivia tranquilamente a aposentadoria quando começou a sentir desconfortos no peito por duas semanas. Numa consulta de rotina, recebeu a notícia de que estava sofrendo um infarto silencioso. “Ele [o médico] disse que eu estava com um quadro de angina.
Aí mandou fazer os exames. Eu já fui dali direto da sala dele para a UTI sem nem mais andar”, relatou. Itamar passou por uma cirurgia de revascularização do miocárdio, com duas pontes de safena e uma mamária. Superado o susto, ele encontrou na escrita uma forma de renascer: lançou um livro com relatos e poesias sobre a experiência. “É um filho que nasceu. Temos aí uma vida pela frente, para viver plenamente”, celebra.
O cardiologista Carlos Abidias explica que os infartos ocorrem quando artérias do coração são obstruídas, situação que pode ser agravada por fatores como tabagismo, colesterol elevado, obesidade, sedentarismo e hipertensão. “Buscar ter um estilo de vida mais saudável e combater os fatores de risco modificáveis é essencial”, reforça o médico. Ele alerta para sintomas como dor no peito, suor frio, náusea e falta de ar repentina, sinais que devem ser levados a sério, mesmo por quem não apresenta doenças pré-existentes.
Embora mais comuns em pessoas acima dos 35 anos, infartos e AVCs também podem atingir jovens e pessoas sem comorbidades. O cardiologista destaca ainda a importância de conhecer o histórico familiar e realizar consultas e exames periódicos. “Tudo isso influencia na prevenção. Exames bem orientados podem salvar vidas”, afirma.
A experiência de Itamar é um lembrete de que a prevenção ainda é o melhor caminho. Atitudes simples — como manter uma alimentação balanceada, praticar atividade física, controlar a pressão arterial e evitar o cigarro — podem fazer a diferença entre a vida e a morte.
Com informações do Portal GC Mais.
