quinta-feira, 5 de junho de 2025

Após fim da quadra chuvosa, como deve ficar cenário no Ceará no segundo semestre de 2025

Foto JL Rosa/ Diário do Nordeste
O período oficial de chuvas no Ceará, que segue de fevereiro a maio, chegou ao fim com acumulado dentro da média, apesar de ter sido o pior em 8 anos. 

O segundo semestre, porém, é marcado por escassez, retrato que já começa a se desenhar em junho, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Em coletiva de divulgação do balanço da quadra chuvosa de 2025, na manhã dessa quarta-feira (4), o presidente da Funceme, Eduardo Sávio, destacou que “o cenário para os próximos 30 dias não é animador”.

“Uma característica do nosso clima aqui do Ceará é que temos a incerteza do que vai acontecer durante o período chuvoso, que é o primeiro semestre, e a certeza do segundo semestre, que é de poucas chuvas”, resume o gestor.

Chuvas eventuais “podem acontecer”, segundo Eduardo, “mas nada que seja significativo para garantir tanto aporte quanto também uma sustentabilidade de cultura de sequeiro”, pontua sobre as atividades agrícolas do Estado.

Poucas chuvas e altas temperaturas

Para o mês de junho, a média histórica – ou seja, acumulado “esperado” para os 30 dias em todo o Ceará – é de 37,2 milímetros. Para se ter ideia, o número médio de março, mês mais chuvoso do ano no Estado, é 206,5 mm, mais de 5 vezes maior.

No ano passado, dos 37,2 mm que compõem a média de junho, choveu 41,9 mm – quase 13% a mais. A perspectiva da Funceme, contudo, é de maior escassez neste ano, o que deve refletir na disponibilidade de água em algumas localidades, como aponta Eduardo Sávio.

“A gente já tem que se preparar para identificar os municípios que vão precisar de alguma ação mais imediata para garantir o suprimento hídrico. Mas estamos muito tranquilos, porque temos o Comitê Integrado de Segurança Hídrica”, frisa Eduardo.

Com informações do Diário do Nordeste.