sexta-feira, 2 de maio de 2025

Acidentes de trânsito fatais crescem 17% em Fortaleza e 80% das vítimas são homens

Foto Daniel Galber -
Um levantamento realizado pela Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) revelou que 184 pessoas morreram em acidentes de trânsito em Fortaleza, somente em 2024. O número representa um aumento de 17% em relação a 2023, ano em que foram registrados 157 óbitos.

Com o objetivo de alertar sobre os riscos causados pelo excesso de velocidade no trânsito, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da AMC, lançou, na manhã desta sexta-feira, 2, a campanha Maio Amarelo.

Com o tema “Desacelere: seu bem maior é a vida", agentes do órgão orientavam motoristas e pedestres que trafegavam no cruzamento das avenidas Desembargador Gonzaga com Oliveira Paiva, no bairro Cidade dos Funcionários, na Capital. Durante a ação educativa, motociclistas foram instruídos sobre a importância de respeitar os limites indicados pela sinalização no trânsito.

Conforme dados da AMC, motociclistas continuam sendo as principais vítimas fatais desses acidentes, representando 55% do total de mortes. Em seguida, aparecem os pedestres (32%), ciclistas (8%) e ocupantes de veículos de quatro ou mais rodas (5%).

Ainda em relação ao perfil das vítimas, pessoas do sexo masculino representam 80% dos óbitos. A faixa etária mais afetada é a de 30 a 59 anos, correspondendo a 56% dos casos, seguida por pessoas com 18 a 29 anos (21%), acima de 60 anos (19%) e até 17 anos (4%). Entre 2023 e 2024, houve aumento de 33% no número de mortes entre os usuários de motocicletas. Para pedestres e ciclistas, houve estabilidade.

Trabalhando como motorista de aplicativo há dois anos, José Vagner, 30, acredita que a redução de velocidade máxima nas vias da cidade aumentou a sensação de segurança no trânsito. "É bom pela segurança, tanto minha como do cliente. A gente tem que dirigir pela vida da gente e pela vida dos outros", afirma.

De acordo com o gerente de Operações e Fiscalizações da AMC, André Luís, os acidentes costumam acontecer já nas proximidades das casas das vítimas, momento em que os condutores costumam relaxar e reduzir sua atenção.

“Quando você reduz a velocidade, adequa a velocidade, o usuário tem mais condições de reagir a qualquer situação. O tempo de reação dele é melhorado. Você também diminui a ocorrência e a gravidade dos sinistros; aumenta também o campo de visão quando você tá no trânsito. Então, tem uma série de benefícios que faz com que essa política seja uma das mais fortes e evidentes para combater a mortalidade”, explica.

Com informações do O Povo