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Foto Helene Santos |
O retrato da população quilombola no Brasil, com informações demográficas e sociais, foi divulgado pela primeira vez pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Censo de 2022. Entre as estatísticas, está a alfabetização: no Ceará, pelo menos um em cada quatro quilombolas com 15 anos ou mais não sabe ler nem escrever.
Segundo os dados do IBGE, apresentados na manhã desta sexta-feira (9), 26,4% dos quilombolas com pelo menos 15 anos no Ceará são analfabetos. É quase o dobro da taxa de analfabetismo da população cearense em geral, de 14,1%.
A diferença cresce quando são consideradas somente as populações que vivem na zona urbana. Nesse recorte, a proporção de pessoas que não sabem ler nem escrever um bilhete é de 22,4% entre quilombolas, mais que o dobro do resultado na população geral (10,7%).
Na zona rural, a taxa continua sendo mais alta entre quilombolas (28,7%), mas a discrepância em relação à população geral (25,6%) é menor, refletindo o déficit educacional histórico que afeta os cearenses, de forma geral, no interior do Estado.
O Ceará tem, conforme o Censo, 15 territórios quilombolas oficialmente delimitados, ou seja, conjuntos de locais em que foi identificada alguma delimitação formal, a partir de material elaborado e presente dos acervos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e outros órgãos.
Eles foram oficializados por meio de decreto, portaria ou Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), e alguns abrangem mais de um município.
Com informações do Diário do Nordeste.