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Foto Chanikarn Thongsupa/Freepik |
A elevada fila de espera para cirurgias eletivas de ortopedia no Ceará continua sendo um problema para a saúde pública do Estado. Para lidar com o volume de pacientes que aguardam pelos procedimentos, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) deve contratar hospitais com e sem fins lucrativos para atender a especialidade.
O edital de contratualização, lançado em março de 2025, prevê R$ 37.156.310,59 para atender as cinco maiores filas de ortopedia, conforme a lista congelada em janeiro de 2025:Artroplastia total primária do joelho: 1.550 na fila
Artroplastia total primária do quadril não cimentada/híbrida: 1.320 na fila
Reconstrução ligamentar intra-articular do joelho: 772 na fila
Reparo de rotura do manguito rotador: 862 na fila
Tratamento cirúrgico de síndrome compressiva em túnel ósteo-fibroso ao nível carpo: 522 na fila
Como justificativa para buscar hospitais privados para realizar as cirurgias, o documento cita a baixa oferta ambulatorial relacionada a pré-consultas na rede da Sesa, a pequena rotatividade da fila cirúrgica eletiva de ortopedia e a alta demanda de processos judiciais relacionados a procedimentos cirúrgicos em tramitação.
“As cirurgias ortopédicas são os serviços mais judicializados”, registra o edital, publicado no Diário Oficial do Estado. Entre os procedimentos pactuados, com fila de 5.026 pessoas, 139 estão judicializados.
“A gente tem 17 hospitais que mandaram suas propostas para credenciamento. Já tem cinco que estão bem adiantados, onde a gente já está fazendo a análise do plano de ação, que é a quantidade de cirurgias que vão ser pactuadas para executar”, diz a coordenadora do Programa Estadual de Redução de Filas de Cirurgias Eletivas, Melissa Medeiros.
As propostas contemplam diversas regiões, como o Cariri, Norte e Sertão Central. As contratações devem respeitar a regionalização dos casos, evitando o deslocamento de pacientes para a realização das cirurgias.
Segundo a coordenadora, o maior gargalo envolve as cirurgias de mais alta complexidade, feitas em poucos dos hospitais da rede. “Pacientes mais velhos têm mais comorbidades, então não é qualquer hospital que pode realizar essas cirurgias. A gente precisa investir em alternativas”, afirma.
Com informações do O Povo.