![]() |
Foto Oceana/Christian Braga |
Após três meses do início do período de defeso das lagostas no Ceará, pescadores e comerciantes poderão trabalhar novamente com a espécie de fruto do mar, que é um dos principais pescados no Estado. Na praia do Mucuripe, em Fortaleza, por exemplo, já é possível verificar pescadores preparando as gaiolas que utilizam para a pesca do animal.
Dados do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), de 2023, apontavam o Ceará como o principal exportador do animal no País, representando 49% de toda a exportação brasileira e com mais de 30 pontos percentuais à frente do segundo colocado, o Rio Grande do Norte.
O defeso, que se estendeu entre 1º de fevereiro e 30 de abril, tem como objetivo evitar o declínio da espécie, que inicia o período reprodutivo em novembro. Uma portaria do Governo Federal, ao instituir o início do período, estabelece regras para a pescaria da lagosta no Ceará e em outros estados nordestinos, incluindo orientações sobre a suspensão da atividade de pesca durante determinados meses, para proteger os ciclos de reprodução, crescimento e migração de três espécies, que já podem ser pescadas.
As espécies são:
Lagosta espinhosa vermelha (Panulirus argus);
Lagosta espinhosa verde (Panulirus laevicauda);
Lagosta espinhosa pintada (Panulirus echinatus).
No caso da lagosta em particular, o defeso inclui a proibição de transporte, processamento e comercialização para todo o mercado nacional durante três meses, fevereiro, março e abril. Nesse período, fica permitido apenas o armazenamento do estoque remanescente já declarado ao MPA para a exportação.
No Brasil, a lagosta é o principal pescado de exportação. Na região Nordeste, a espécie representa o sustento de mais de 15 mil famílias de pescadores e pescadoras.
Com informações do Site Opinião CE.