sexta-feira, 4 de abril de 2025

Orós, segundo maior açude do Ceará, atinge melhor volume desde 2012

Foto Divulgação Cogerh
O açude Orós, localizado na cidade cearense de mesmo nome, distante 450 km de Fortaleza, e segundo maior reservatório do Ceará, chegou a 78,81% de seu volume nesta sexta-feira (4). 

Com isso, o açude, cuja capacidade de armazenamento é de 1,9 bilhão de metros cúbicos (m³) de água, atingiu a melhor marca desde julho de 2012. 

Os dados constam no Portal Hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). A última vez que o reservatório sangrou foi no dia 27 de abril de 2011. Até 2002, o Orós foi o maior açude do Estado, perdendo o posto com a construção do Castanhão, que tem capacidade de acumular 6,7 bilhões m³ de água.

No histórico recente do Orós, após ter vertido em 2011, o reservatório passou a ter o volume reduzido de forma gradual a cada ano. No ciclo de seca que afetou o estado entre 2012 e 2018 (e em alguns lugares até 2020), o Orós chegou a ficar, em 2020, com apenas 4,73% do volume. Depois disso, iniciou um ciclo de recuperação.

Em 2024, o segundo maior açude do Ceará teve boa recarga e encerrou o ano com 58,72% do volume e tem recebido importantes recargas na quadra chuvosa.

Veja como estão os 5 maiores açudes do Ceará: 

Castanhão (Alto Santo): 28,98%

Orós (Orós): 78,81%

Banabuiú (Banabuiú): 36,26%

Araras (Varjota): 86,82%

Figueiredo (Alto Santo): 28,15%

Plano de uso do Orós

Localizado na Bacia do Alto Jaguaribe, Orós tem múltiplos usos, dentre eles, a perenização do Rio Jaguaribe, a irrigação do Médio e Baixo Jaguaribe e a piscicultura.

Na reunião de avaliação da Operação de 2024, ocorrida no dia 14 de março, o indicado pelo Comitê de Bacia é que o Orós também terminou a operação de 2024 com saldo positivo, pois foi operada uma vazão de 4.442 litros por segundo, enquanto o alocado havia sido de 4.500 litros por segundo.

Nesse mesmo encontro, representantes da Cogerh junto com integrantes dos Comitês de Bacias do Vale do Jaguaribe e Banabuiú (que agrupa instituições públicas, sociedade civil e usuários de água) definiram como as águas dos três maiores açudes seriam usadas até junho.

No caso do Orós a vazão média definida foi de 1,5 m³/s. Isso porque, nesse momento do ano, o esperado era que essas águas ficassem retidas na barragem, mas, conforme avaliado em março na reunião, como as chuvas nas regiões que têm as maiores “caixas d'águas” de abastecimento do Estado estavam, a liberação emergencial de vazão foi solicitada e atendida para atender, sobretudo, a agricultura.

Com informações do Diário do Nordeste.