domingo, 20 de abril de 2025

Maior cabo submarino do mundo pode chegar a Fortaleza com investimentos da Meta

Foto Shutterstock
Um projeto multibilionário da Meta, gigante norte-americana dona do Instagram, WhatsApp e Facebook, pode render investimentos para Fortaleza. A empresa vai instalar 50 mil quilômetros em cabos submarinos passando por cinco continentes e um dos locais escolhidos pode ser a capital cearense. 

A projeto foi batizado de 'Waterworth' (vale de água em inglês) e é considerada a iniciativa mais ambiciosa da Meta até o momento. A empresa destaca que esse será o cabo submarino mais longo do mundo, maior que a circunferência da Terra.

O objetivo é melhorar a conectividade em regiões importantes para a empresa, como Brasil, Estados Unidos, Índia e África do Sul. Os cabos submarinos são parte essencial da infraestrutura global de telecomunicações, responsáveis pelo transporte de bilhões de dados e informações diariamente.

“O Projeto Waterworth viabilizará maior cooperação econômica, além de facilitar a inclusão digital e abrir oportunidades para o desenvolvimento tecnológico nessas localidades”, afirmou a Meta em comunicado.

Um mapa que mostra por onde o cabo Waterworth irá passar mostra que o Nordeste foi a região escolhida no Brasil.

Com um hub de cabos submarinos entre os maiores do mundo, Fortaleza é a candidata natural para receber a nova infraestrutura da dona do Instagram. É o que destaca Rodrigo Porto, professor de Telecomunicações da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Fortaleza tem atualmente 16 cabos submarinos, segundo a Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), compondo uma das principais portas de entrada para dados do Brasil e do mundo. Entre as empresas que detêm parte da infraestrutura estão Angola Cables, Google, América Móvil (Claro), Ellalink e China Unicom.

A cidade também se destaca pela localização geográfica. “É uma posição estratégica entre América do Norte, África e Europa. Então é um excelente ponto de aterramento desses cabos. Podem ser distribuídas derivações para outras cidades, como São Paulo, e Argentina”, avalia Rodrigo Porto.

Com informações do Diário do Nordeste.