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Foto Victor Hudson/Ebserh |
A medicina cearense tem se aliado à tecnologia para criar condições de formação de novos profissionais. Essencial, o ofício exige muita prática, principalmente quando o assunto é cirurgia. No Ceará, um hospital público tem feito a impressão de ossos em 3D para facilitar a prática cirúrgica.
A técnica, já utilizada em países como a Alemanha, tem sido aplicada no Ambulatório de Diagnóstico, Habilitação e Reabilitação Auditiva do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), instituição da Universidade Federal do Ceará (UFC) gerida pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
O osso impresso pelos profissionais do HUWC é o temporal, que guarda o órgão auditivo humano, como explica o médico otorrinolaringologista Marcos Rabelo, coordenador do ambulatório.
Com a criação da peça em resina, então, os residentes podem praticar cirurgias de ouvido sem a necessidade de cadáveres. “Hoje, a legislação ficou mais rigorosa e temos poucos cadáveres disponíveis para universidades. E não tínhamos como treinar esses residentes sem peças anatômicas”, destaca Marcos.
A solução, então, foi coletar uma imagem tomográfica com o formato exato do osso desejado, reconstruí-la em 3D e realizar a impressão em resina. “É uma estrutura sintética, mas muito parecida à humana. Precisam posicionar alguns detalhes, como o nervo facial, os vasos, e conseguimos fazer isso”, comemora o médico.
Com informações do Diário do Nordeste.