
Até o início de abril deste ano, o Ceará registrou 82 casos de meningite, em 25 municípios diferentes. Fortaleza concentra quase a metade deles (40), conforme monitoramento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
A doença, que é prevenível por vacina, já causou quatro mortes no Estado em 2025, sendo três delas na Capital e uma em Fortim, no litoral de Aracati.
Depois de Fortaleza, no número total de casos, estão Sobral (9), Caucaia (6), Redenção (3), Canindé (2), Cascavel (2) e Maracanaú (2). Outras 18 cidades tiveram um registro, segundo os dados da Planilha de Notificação Semanal (PNS), mantida pela Sesa. As informações são referentes às 14 primeiras semanas epidemiológicas (SE) do ano, período padronizado que vai até o dia 5 de abril.Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil
A meningite, segundo explicação do Ministério da Saúde, é uma inflamação das meninges, como se chamam as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Essa é uma doença considerada endêmica no Brasil, e os casos são esperados ao longo de todo o ano, “com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais”, explica a Pasta.
A doença pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas. Quando ela é causada especificamente pela bactéria meningococo, chama-se meningite meningocócica. Não houve registro desse tipo no Ceará até o início de abril, conforme os dados da Secretaria da Saúde do Estado.
O levantamento da Sesa mostra que o maior aumento no número de casos ocorreu entre a SE 10 (2 a 8 de março) e a SE 11(9 a 15 de março), quando o total de registros em todo o Ceará passou de 34 para 59, um aumento de 74%.
Esse aumento foi mais intenso no interior do Estado. Até a SE 10, havia 19 casos em Fortaleza e 15 nas outras cidades cearenses. No SE 11, o total de casos mais que dobrou no Interior, chegando a 31 — variação de 107%. Na Capital, houve incremento de 9 novos casos — somando 28, ao todo —, com um aumento de 47%.
Com informações do Diário do Nordeste.