segunda-feira, 21 de abril de 2025

De 70 mil pacientes por ano no IJF, em Fortaleza, 50% são do interior do Ceará, de outros estados e até estrangeiros

Foto Agência Diário
A grande e histórica demanda do Instituto Dr. José Frota (IJF) extrapola a cidade de Fortaleza, onde se localiza. Dos cerca de 70 mil pacientes atendidos lá por ano, apenas metade é da capital cearense; outros 48% são de outros municípios e estados, e 2% são estrangeiros.

O perfil diverso motiva, inclusive, visitas de diversos consulados à unidade de saúde, como americano, alemão e italiano, de acordo com a superintendente do hospital, Riane Azevedo. A informação foi dada em entrevista recente ao Diário do Nordeste neste mês.

Especializado no atendimento de grandes traumas, o instituto tem, em sua média anual, cerca de 15 mil internações, 13.500 cirurgias e 12.600 atendimentos na área de queimados, com base nos dados do ano passado informados pela superintendente.

Fortaleza é uma cidade que recebe muitos turistas, principalmente os interessados em esportes e aventuras. Riane explica que alguns acidentes, como o kitesurf, não são cobertos pelos seguros de saúde. "Se falarem que foi acidente assim, os hospitais privados não cobrem. Então vão para o IJF", afirma.

Custos operacionais

A despesa mensal para manter o funcionamento do instituto, conforme estima a superintendente, é de R$ 55 milhões. Esse valor cobre o pagamento de folha, medicamentos, órteses e próteses e materiais.

“O hospital tem um custo bastante elevado pela alta complexidade. Isso faz com que os profissionais envolvidos tenham custo elevado”, explica a gestora.

Até o início de 2025, antes dos aportes estaduais e federais ao hospital, o custeio anual do funcionamento era dividido entre os entes da seguinte forma:

9% eram verbas do Governo Federal, 10% estaduais e 81% de responsabilidade municipal

O Governo do Estado ampliou, neste ano, o aporte mensal de R$ 6 mi para R$ 10 milhões, totalizando R$ 120 milhões por ano. Já o Ministério da Saúde aportou R$ 180 milhões ao IJF.

Com informações do Diário do Nordeste